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Ao menos a Igreja Católica portuguesa aceita o uso do preservativo, mas continua muito muito atrasada.

A utilização do preservativo como forma de evitar a propagação da Sida, no seio do casal, foi admitida como podendo ser encarada como um «mal menor» pelo vice- presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. António Montes.

Comentando a anunciada divulgação, em breve, de um documento do Vaticano revendo a posição da Igreja quanto ao recurso ao preservativo para evitar a propagação da Sida, D. António Montes defendeu que a Igreja tem como missão, também, «apresentar a finalidade da sexualidade», num tempo em que se fala «do uso do preservativo de forma desgovernada».

«A vivência da sexualidade de uma forma anárquica, pode ter como consequência que o preservativo seja visto como panaceia universal», disse o vice-presidente da CEP, esclarecendo que «o exercício da sexualidade só tem uma verdadeira dimensão humana e cristã se for um veículo de amor, só se realiza num matrimónio heterossexual e monogâmico».

«Se no contexto desse matrimónio, algum ou os dois estão infectados, aí a utilização do preservativo é o chamado caso do mal menor», admitiu, durante a conferência de imprensa final da Assembleia Plenária da CEP, que hoje terminou em Fátima.

Durante os quatro dias de trabalhos da Assembleia Plenária, os bispos católicos portugueses debruçaram-se, também, sobre «os meios para promover a cultura da vida», congratulando-se «com a coerência e firmeza de todos quantos lutam pela defesa e promoção da vida».

Os prelados manifestaram, ainda, «o seu mais veemente desacordo» face às propostas legislativas em discussão sobre a reprodução medicamente assistida e, apesar de afirmarem que não fomentam a realização de um referendo sobre o assunto – objectivo de alguns movimentos de leigos, que estão a recolher assinaturas com vista a levarem o Parlamento a discutir a realização de uma consulta popular -, garantem que, se o referendo avançar, não irão ficar calados.

O mesmo se verifica quanto a um eventual referendo sobre o aborto. «A vida não pode ser sujeita a referendo em qualquer situação», disse o presidente da CEP, D. Jorge Ortiga, não escondendo que, em caso de consulta popular, a Igreja tomará partido.

A aprovação de um documento sobre a Educação Moral e Religiosa Católica, de novos estatutos para o Santuário de Fátima, o lançamento da ideia de criação de um Serviço Nacional de Catecumenado, em articulação entre as Comissões Episcopais de Liturgia e de Educação Cristã, estiveram, também, no centro dos trabalhos dos bispos desde segunda-feira.

Sobre este Serviço Nacional de Catecumenado, D. Carlos Azevedo, secretário da CEP, disse que há o objectivo de criar centros de formação cristã, que preparem gente para dar formação doutrinal, litúrgica e de exemplo de vida aos que chegam em fase adulta à fé católica ou que voltam a aproximar-se da Igreja.

Nos trabalhos, os bispos reconheceram, por outro lado, a necessidade de adaptação da linguagem da Igreja aos novos tempos e fizeram um balanço da recente Semana Social que se realizou em Braga.

Foi também divulgado um conjunto de iniciativas que a Igreja realizará nos próximos meses, como o Encontro Nacional dos Secretariados Diocesanos das Migrações e dos Missionários de Imigrantes (Viana do Castelo, de 10 a 13 de Julho) ou a Semana da Vida, subordinada ao tema «Família – Amor e Vida» (14 a 21 de Maio).

Entretanto, foi revelado que a delegação portuguesa que participará no V Encontro Mundial das Famílias com o Papa, em Valência, de 01 a 09 de Julho, será presidida por D. António Carrilho, D. Amândio Tomás e D. Antonino Dias, todos da Comissão Episcopal do Laicado e Família.


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