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Raparigas violadas 3600 vezes pelo pai

Não é só lá fora que são apanhados pedófilos e violadores completamente psicopatas. Aqui bem perto, em Samora Correia, duas meninas foram violadas durante 12 anos pelo pai. Este trabalhador rural desempregado transformou as filhas em escravas sexuais desde os 5 anos de idade, sendo estimado que no total terá abusado delas cerca de 3600 vezes. Foi agora condenado pelo tribunal de benavente a 22 anos de prisão.

O Jornal MIRANTE esteve esta manhã no bairro onde as meninas viviam com os pais e colheu reacções de surpresa e de choque com a notícia avançada por nós. “Eu pensava que tinha sido só um abuso. Isso assim é uma tragédia. Esse homem é um monstro”, disse uma das vizinhas que não poupou elogios à mãe das crianças que considerou “uma lutadora, séria e trabalhadora que fez tudo para recuperar o marido”. A mulher, amiga da família, pede anonimato para evitar conflitos. “A mãe das crianças ficou zangada com a vizinha que denunciou porque não acreditava que fosse verdade”, adiantou a mulher que conviveu com o abusador sem saber do que se passava.

O colectivo de juízes concluiu que ficou provado que Carlos Alberto Oliveira Correia, um homem com 46 anos, usou as filhas para fins sexuais desde meados de 1996 até Junho de 2008 quando foi detido. Ao longo dos 12 anos obrigou as filhas a praticarem consigo relações sexuais com sexo oral, vaginal e anal sem qualquer protecção. A juíza presidente considerou que o homem usou a força física para coagir as duas filhas, ambas com um desenvolvimento cognitivo inferior ao que deveriam ter para a idade e com idade mental inferior à biológica.

Segundo o acórdão, as crianças choravam e pediam para o pai parar, mas ele continuava com os seus actos libidinosos até satisfazer o seu prazer, ejaculando sobre o corpo das meninas. Em algumas ocasiões abusou das filhas de forma consecutiva.

O arguido, um homem desempregado e com problemas de alcoolismo, confessou que manteve relações com as filhas mas alegou que nunca as forçou e que as relações “eram de meses a meses”.

O colectivo valorizou os depoimentos das filhas, agora com 18 e 19 anos, e concluiu que as violações eram quase diárias, estimando em mais de 3600 actos sexuais praticados com cada uma das crianças.

A defensora oficiosa do arguido admite vir a recorrer da decisão do tribunal depois de estudar o acórdão e de falar com o abusador que recolheu à prisão do Montijo após o julgamento.

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