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CUIDADO NA PRAIA: Agueiros podem Matar
CUIDADO NA PRAIA: Agueiros podem Matar

Perigo mortal: cuidado com os agueiros! Sabe como identificá-los nas praias portuguesas. Eles são a principal causa de afogamentos nas nossas praias.

Perigo mortal: cuidado com os agueiros! Sabe como identificá-los nas praias portuguesas. Eles são a principal causa de afogamentos nas nossas praias, o que revela o seu perigo e risco.

agueiros rip current

Os agueiros são zonas/correntes de mar muito perigosas para o banhista. A água encontra sempre o seu equilíbrio próprio, isto é, após várias ondas rebentarem na praia, a água regressa ao mar pelo local que causa menos resistência. Isto é a corrente de agueiro também conhecida como “Rip Current”.

Resumidamente, a água retoma para o mar como se tratasse de um “canal” (corrente), geralmente “entalado” no meio de “cabeços de areia”, nem sempre visíveis, ou junto aos promontórios

Lê com atenção e partilha com os teus amigos que gostam de praia, pode salvar-lhes a vida.

A sua ocorrência pode resultar:

– Da acção da rebentação das ondas sobre bancos (baixios) submersos de areia ou rocha paralelos à costa, localizando-se então os agueiros estacionários frente aos locais onde existem interrupções nos baixios (carreiros ou fundões);.

– Da acção de correntes paralelas à costa, desenvolvidas pela acção das ondas e do vento local ao encontrarem obstáculos naturais que podem ser visíveis (promontórios rochosos ou pontas de areia), ou invisíveis porque submersos ( bancos de rochas ou de areia ) bem como contra obstáculos artificiais ( espigões de protecção, instalações portuárias etc.)

A sua intensidade (velocidade da corrente), que pode atingir valores de 2 metros por segundo (mais rápido que um nadador olímpico) é variável:

– Fixos ou estacionários

– Periódicos (desenvolvem-se periodicamente, acompanhando o ritmo das marés)

– Súbitos (desenvolvem-se e extinguem-se repentinamente – mais raros- e associados a estados de mar alteroso e/ou com componentes de ondulação de diferentes direcções)

– Móveis (a sua localização vai variando ao longo do tempo, acompanhando normalmente o ritmo das marés).

Perigosidade

Este fenómeno, relativamente frequente, é responsável pela maioria das intervenções de salvamento desenvolvidas pelos nadadores salvadores. A velocidade da corrente que lhe está associada e o facto dessa corrente se dirigir para o largo induzem com facilidade o pânico mesmo nos bons nadadores, com consequências imprevisíveis.

Por outro lado, o facto de no local do agueiro ocorrer uma sensível diminuição da altura das ondas e da rebentação, constitui um poderoso atractivo para os utentes incautos nas praias não vigiadas.

Praticamente impossível de regressar para o areal por essa corrente, a solução é manter a calma, nadar paralelo à costa (nunca contra a corrente!) e, posteriormente, nadar para terra.

Porém, nunca hesite em pedir socorro caso sinta dificuldade. Estas correntes para além de perigosas são difíceis de reconhecer.

Para identificar um agueiro tente observar:

1. Cor da água, acastanhada devido ao arrastamento da areia no fundo;

2. Espuma na superfície da água, que se estende além da rebentação;

3. Deslocamento de materiais e destroços flutuantes;

4. Ondas maiores e mais frequentes dos dois lados;

5. Tremura numa zona da água, quando a água à volta está lisa.

O banhista deve tentar sempre verificar a existência de agueiros e as condições do mar em geral antes de entrar na água para sua própria segurança. Poderá e deverá sempre recorrer aos Nadadores-Salvadores para estes indicarem quais as melhores e seguras zonas para banhos.

Estas correntes para além de perigosas são muito difíceis de reconhecer, mesmo para os Nadadores-Salvadores.

Como Escapar a um “Agueiro/Rip Current”:

– Os banhistas não deverão nadar contra a corrente, mas sair dela. Para tal, deverão nadar paralelamente à praia (para os lados), ou então deixarem-se levar pela corrente até esta ficar fraca, e depois nadar paralelamente à praia (para os lados).

Atitudes mais seguras a assumir quando apanhado num agueiro:

– É vital não entrar em pânico para manter as capacidades de pensar e agir e não desperdiçar energias.

Quando com pé

Alertar de imediato os companheiros próximos para regressarem a local mais seguro e procurarem ajuda. Tentar sair do agueiro caminhando, se possível em direcção à praia; caso não seja possível progredir nessa direcção face à força da corrente, tentar progredir lateralmente, paralelamente à praia, até uma zona de corrente menos intensa onde seja possível progredir em direcção a terra. Quando sem pé (ou com pé mas a força da corrente impede o equilíbrio e a progressão caminhando para terra)

Alertar de imediato os companheiros próximos para regressarem a local mais seguro e procurarem ajuda.

Nunca em caso algum tentar vencer frontalmente e nadando contra a corrente de um agueiro.

Isto só irá fazer com que se esgote prematura e inutilmente. Nadar calmamente paralelamente à praia (economizando esforços e não se preocupando por estar a ser arrastado para fora) até sair francamente do agueiro e depois dirigir-se a terra, eventualmente ajudando-se no regresso com o auxilio da rebentação.

No caso das suas capacidades físicas e/ou de natação serem reduzidas ou já estar esgotado procurar apenas controlar a respiração, manter-se a flutuar e assinalar periodicamente a sua posição acenando com os braços/peça de vestuário, para facilitar a sua localização pelos meios de salvamento.

Quando presenciando alguém em apuros a ser arrastado num agueiro, mantenha a calma e desenvolva ou faça desenvolver as seguintes acções pela ordem indicada:

– Alerte as pessoas próximas exposaos para o perigo e necessidade de se colocarem em segurança.

– Alerte ou faça alertar de imediato o nadador salvador ou o 112 e Capitania mais próxima, caso se trate respectivamente de praia vigiada ou não vigiada.

– Incite o acidentado a manter a calma, não tentar lutar contra a corrente e deixar-se arrastar e aguardar ajuda. – Se disponível lance ao acidentado qualquer auxiliar de flutuação.

– Execute, ou distribua a um companheiro a tarefa de manter o acidentado sob observação à medida que se afasta, eventualmente aproveitando qualquer ponto elevado próximo e meios de observação (binóculos), se disponíveis.

Apesar do dever universal de assistência e socorro, não desenvolva iniciativa individual de tentativa de salvamento sem ponderar se para tal dispõe das capacidades físicas, anímicas e conhecimentos mínimos face às condições prevalecentes. Caso decida desenvolver tentativa de salvamento, procure auxiliar-se com qualquer meio de flutuação apropriado, bem como com barbatanas e óculos /máscara/ tubo snorkel se disponíveis, quando familiarizado com o seu uso. Combine com o observador em terra sinais expeditos para este o auxiliar na progressão até ao náufrago.

Acima de tudo respeita o mar e não corras riscos desnecessários.

rip current

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Categoria/s: Curiosidades