Fundada em 1935 como um gulag, e atualmente com uma população de 177 mil habitantes, Norilsk é a cidade mais a norte em todo o Mundo… e também é a mais tóxica.

Norilsk. Esta cidade é só para verdadeiros duros, claro que tinha de ser na Rússia.

Victoria Fiore passou mais de 2 anos a tentar entrar nesta cidade de acesso restrito, sendo-lhe sempre negado o visto. Finalmente, conseguiu entrar.

Minas
Situa-se a cerca de 240 km ao norte do Círculo Polar Ártico, sendo, entre todas as localidades a norte do Círculo, a segunda em número de habitantes (apenas ultrapassada por Murmansk). A cidade deve o seu crescimento às minas de níquel, das maiores e mais importantes do mundo, e é um centro metalúrgico. É ligada por um caminho de ferro de 80 km ao porto oceânico de Doudinka, junto do rio Ienissei. Em Norilsk extrai-se cerca de 75% de toda a produção mundial de paládio.

Clima
Norilsk tem um clima extremamente agreste. A temperatura média anual é de −10°C, e temperaturas de −60°C já foram registradas. A cidade tem neve 250–270 dias do ano, e tempestades de neve em 110 a 130 desses dias. A noite polar dura de Dezembro a meados de Janeiro, cerca de seis semanas de total escuridão. Por isso, as escolas obrigam as crianças a submeter-se a uma dose diária de fototerapia, com raios ultravioleta, para fortalecer os seus organismos e facilitar a assimilação de vitamina D.

Problemas de poluição
O minério de níquel é fundido em Norilsk. Isto causa gravíssimos problemas de poluição, como chuva ácida. Segundo algumas estimativas, 1% de todas as emissões mundiais de dióxido de enxofre provêm de Norilsk. A poluição metálica nas proximidades é tão elevada que já é economicamente viável minerar o próprio solo, de tão poluído que se encontra com platina e paládio.