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Professora ERA UM ROBOT mas Nenhum Aluno Percebeu Durante 6 Meses
Professora ERA UM ROBOT mas Nenhum Aluno Percebeu Durante 6 Meses

Isto é incrível e mostra bem para onde estamos a caminhar: Há seis meses que Jill Watson é professora assistente de um curso online de Inteligência Artificial da Universidade Tecnológica da Georgia, nos Estados Unidos – sem que nenhum dos seus alunos se tenha apercebido que ela própria é um sistema de inteligência artificial.

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Isto é incrível e mostra bem para onde estamos a caminhar: Há seis meses que Jill Watson é professora assistente de um curso online de Inteligência Artificial da Universidade Tecnológica da Georgia, nos Estados Unidos – sem que nenhum dos seus alunos se tenha apercebido que ela própria é um sistema de inteligência artificial.

Um dia, em Janeiro passado, Eric Wilson enviou uma mensagem a uma das nove assistentes do seu curso de I.A. na Universidade Tecnológica da Geórgia: “Penso que me enganei num aspecto do trabalho que enviei, preciso de o corrigir”.

Meia hora depois, Jill Watson respondeu-lhe: “Infelizmente, não há forma de editar trabalhos já enviados”.

Esta semana, conta o Wall Street Journal, Wilson soube que tinha estado a pedir ajuda a um robot.

Nos últimos meses, “Jill Watson” respondeu às perguntas dos cerca de 300 alunos do curso, ajudou-os no desenvolvimento dos seus projectos informáticos – por exemplo, ajudando a escolher a melhor imagem para ilustrar um programa, deu explicações, e lançou temas e tópicos semanais para debate.

“Ela era a pessoa – bem, a assistente – que nos lembrava dos prazos dos trabalhos, e lançava perguntas, a meio da semana, para estimular a discussão”, conta Jennifer Gavin, uma das alunas da professora robot.

A professora Watson – assim baptizada porque o seu “cérebro” é baseado no sistema operativo Watson da IBM – intervinha regularmente nos fóruns de discussão dos alunos do curso.

E nenhum dos alunos do curso de Inteligência Artificial conseguir perceber que estava a interagir com um exemplo do que o curso lhes ensina a fazer.

“Oh meu Deus”, diz Shreyas Vidyarthi, um dos estudantes, “não posso acreditar, era uma das melhores assistentes que tínhamos”.

Eric Wilson nunca tinha suspeitado da “humanidade” da professora Wilson. “Os seus posts não tinham propriamente carisma ou sentido de humor – mas isso é o que esperamos de uma professora assistente, que seja assim meio séria a lidar connosco”.

“Eu cheguei a suspeitar dela, porque respondia demasiado depressa às nossas perguntas, mas depois encontrei-a no LinkedIn e no Facebook, e até encontrei trabalhos dela publicados no GitHub“, diz Kowsalya Subramanian, outra das estudantes “apanhadas” pela professora robot.

“Se calhar Jill Watson é um nome vulgar”, diz Subramanian.

Esta parece ser uma pequena vitória no paradigma da Inteligência Artificial, brilhantemente ilustrado por Alicia Wikander no filme Ex-Machina (2015): conseguir desenvolver um sistema de I.A. que passe o Teste de Turing, isto é, que não nos seja possível diferenciar de um humano.

“Os nossos assistentes estavam sobrecarregados de trabalho, com excesso de questões dos alunos”, explica Ashok Goel, um professor (de carne e osso) de Ciências Informáticas na universidade.

“Recebemos mais de 10.000 perguntas dos estudantes por semestre”, diz Goel.

“E a solução foi Jill Watson – não um simples chat bot, mas um verdadeiro sistema de Inteligência Artificial, que aprende, e que apenas responde aos alunos quando tem um grau de certeza superior a 97%”, diz o professor.


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Categoria/s: Tecnologia