Uma fuga de informação permitiu que dezenas de estudantes de Guimarães e Fafe soubessem, via SMS e com antecedência, que ia sair o canto VI de Os Lusíadas na prova do 12.º ano. O exame foi realizado na segunda-feira, à tarde.
A denúncia anónima foi recebida pelo Gabinete de Avaliação Educacional (Gave) relativamente à prova de Português (639), tendo a mesma sido reencaminhada para a Inspecção-Geral de Educação e Ciência (IGEC) para análise, revela o gabinete de imprensa do MEC.
De recordar que não é fácil aceder aos exames nacionais antes de estes estarem à frente dos alunos. Cabe às forças policiais, PSP e GNR, a entrega dos enunciados fechados em envelopes em cada escola do país onde há estudantes a realizar estas provas. Os enunciados são colocados num cofre e os sacos com as provas são entregues nas salas onde os estudantes vão responder, alguns minutos antes da hora marcada para o início do exame.
Durante o tempo em que o teste está a ser respondido, os professores vigilantes de cada sala não podem sair nem ter meios de comunicação na sua posse (telemóveis ou computadores com acesso à internet, por exemplo). Terminado e recolhido o exame, as forças policiais voltam à escola para recolher as provas e transportá-las aos correctores. Mais uma vez, em sacos fechados.
Garantimos que ao contrário do que aconteceu o ano passado, o ainanas não esteve na origem da fuga de informação. A nossa suspeita é apenas uma, o bruxo de Fafe. Só pode ter sido ele.