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RIP Pantera Negra: Eusébio morre aos 71 anos
RIP Pantera Negra: Eusébio morre aos 71 anos

Um dos maiores embaixadores de Portugal no Mundo, Eusébio completaria a 25 de janeiro 72 anos. Foram decretados 3 dias de luto nacional pelo Pantera Negra.

Morreu na última madrugada o antigo futebolista Eusébio da Silva Ferreira.
O Governo decretou 3 dias de luto nacional.

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Embaixador do futebol português, há décadas na galeria dos melhores executantes de todos os tempos, o homem que se confunde também com o emblema do Benfica completaria a 25 de janeiro 72 anos.

Conhecido pela velocidade, pela técnica apurada e pela violência dos remates, o “pantera negra” sofreu, nos últimos anos, de alguns problemas cardíacos. O Governo decretou 3 dias de luto nacional.

Ouvido no arranque da manhã informativa da RTP, João Malheiro, biógrafo de Eusébio, adiantou que o “pantera negra” terá sucumbido a uma insuficiência cardíaca.

“Eusébio morreu cerca das 3h30 da madrugada, vítima de uma insuficiência cardíaca. De facto, convivendo eu com ele, de há muitos anos a esta parte e quotidianamente, sou testemunha de que a sua saúde estava muito fragilizada e havia sinais claros disso mesmo nos últimos tempos. Mas nesta altura isso não é o mais importante. Importa recordar o homem que foi, será sempre, de resto, tem um lugar nos imortais deste país, mas foi seguramente a referência emblemática mais importante de Portugal do século XX no plano desportivo e, porventura, não apenas, sobretudo nos anos 60, quando Portugal vivia debaixo de uma ditadura”, assinalou.

O comentador desportivo João Gobern confessou ter experimentado “um dos despertares mais tristes” da sua vida.

“Se houve alguém que me trouxe para o gosto pelo futebol, para o prazer de ver jogar, para aquela superação que nós admiramos nos jogadores e nas equipas de futebol, inevitavelmente eu tenho que citar o nome do Eusébio como o maior de todos, talvez o maior de todos os que eu tenha visto jogar em estádio. É verdade que houve o Pelé e houve o Maradona, mas esses chegaram-me pela televisão e não diretamente. E depois aquele extraordinário magnetismo que Eusébio exerceu enquanto ser humano, pela simplicidade”, notou.

Outra das reações emocionadas entretanto recolhidas foi a do treinador Toni: “Era aquela notícia que não queria ouvir e que é qualquer coisa que nos marca muito. A mim, de uma forma muito particular, porque eu e outros jovens que começámos a dar os primeiros pontapés no Benfica, ele foi a nossa âncora, ele, o senhor Coluna, o senhor Simões, o senhor José Augusto, o senhor Torres, foram eles que foram importantes para que as nossas carreiras tivessem também algum sucesso. Por isso, esse privilégio de termos desfrutado ainda alguns anos ao lado de Eusébio é qualquer coisa que guardamos num cantinho do nosso coração”.


Categoria/s: Sociedade