Um grupo de cientistas holandeses conseguiu pela primeira vez cultivar carne de porco em laboratório a partir das células de um animal vivo. Ainda que até o momento ninguém tenha experimentado a iguaria, os pesquisadores acham que poderia ser lançada no mercado dentro de cinco anos.
Se for aceita, sua comercialização suporia importantes avanços na forma de produção de nossos alimentos e no meio ambiente -redução nas emissões de metano-. Também diminuiria o sacrifício dos animais, já que, segundo os autores da pesquisa, com as células de somente um exemplar seria possível obter a mesma quantidade proporcionada pela matança de um milhão de cabeças.
“O que conseguimos até o momento é mais parecido a um tecido muscular pegajoso”, explica Mark Post, professor de fisiologia na Universidade de Eindhoven. “Precisamos encontrar maneiras de melhorá-lo, e não será muito difícil”. Para começar, os cientistas extraíram células do músculo de um leitão vivo, chamadas mioblastos, e as colocaram em um caldo de cultivo com outros produtos animais para replicar seu crescimento em uma placa de Petri. As células multiplicaram-se e criaram o tecido muscular. Agora, a equipe busca a fórmula para desenvolver artificialmente esse músculo e conseguir um produto mais denso, com melhor textura, algo parecido a um filé.
Será a Era em que os porquinhos conquistarão a independencia e viverão felizes para sempre?