Apesar de a ocorrência de um mega-tsunami diluviano que limpe a face da Terra não ser provável, não é descabido que algum dia uma catástrofe destas dimensões possa acontecer.
De onde vem o perigo? Do vulcão da Ilha do Fogo, em Cabo Verde, em pleno Oceano Atlântico.
O vulcão entrou em erupção em Novembro, depois de 20 anos de inactividade, provocando intensa actividade sísmica na ilha.
Mas segundo um estudo de uma equipa de cientistas da Escola de Ciências da Terra da Universidade de Bristol, citados pelo jornal Express, um novo episódio do vulcão do Fogo poderia ser devastador.
O mega-tsunami ocorrido há 73.000 anos em Cabo Verde foi tão poderoso, que rochas do tamanho de autocarros originárias da ilha de Santiago foram lançadas a 45 quilómetros de distância.
“Um evento desta natureza causaria uma destruição incalculável”, diz o geólogo Ricardo Ramalho, investigador da Universidade de Bristol e principal autor do estudo, publicado na revista Nature, que contou com a colaboração de investigadores da Universidade de Columbia, noe EUA, U.Lisboa e U.Açores, do Instituto Português do Mar e Atmosfera e do Instituto Dom Luiz.
Segundo o investigador português, o vulcão da ilha do Fogo eleva-se 2.829 m acma do nível do mar e entra em erupção de 20 em 20 anos, pelo que “devemos estar atentos, porque a sua erupção não deve ser subestimada”.
O tsunami de Dezembro de 2004, que devastou o Oceano Índico e causou a morte a cerca de 220 mil pessoas, registou ondas de 30m de altura – menos de um quinto das ocorridas no evento pré-histórico de há 73 mil anos.
Segundo Bill McGuier, investigador da Universidade de Londres, os mega-tsunamis ocorrem apenas a cada 10.000 anos, mas sem qualquer dúvida que “os vulcões como o da Ilha dp Fogo têm o potencial de se tornar devastadores e representam um perigo real”.
Também o físico futurista norte-americano Michio Kaku adverte que “um desastre de proporções bíblicas pode atingir a Terra”.
“A grande questão é apenas quando o fará”, diz Kaku.
#VamosTodosCosPorcos