O Bernardo Mourinho Guedelha fez-nos chegar esta lista dos 7 erros mais comuns, de que a malta por vezes só se apercebe quando já é tarde. Se queres, mais do que um canudo, realmente retirar um benefício para o futuro dos teus anos de faculdade, lê isto:
Grande parte destes jovens adultos vivem numa obsessão constante com a diversão, vivem para se divertir e divertem-se para viver. Até aqui quase nada contra, tirando a parte da obsessão. Torna-se quase um vício ter de ir para a esplanada em período de aulas, torna-se quase uma droga a cerveja durante aquele período, parece que a vida não será a mesma sem uma boa bebedeira entre as 10 da manhã e as 4 da tarde.
O que na verdade eles não percebem é que há tempo para tudo e que uma boa cerveja sabe bem ao final do dia de aulas e não há nada como ir sair ao fim-de-semana.
2- O pensamento de que serão os últimos 3 anos da vida deles
Tal é a lavagem que os estudantes levam dos “mais velhos” que o avisam com voz de quem já viveu tudo o que tinha a viver na vida “puto, aproveita que vão ser os melhores anos da tua vida”, “puto, olha que depois da faculdade já não há nada para ninguém”. Será que ninguém terá o discernimento de lhes dizer “calma, vão ser anos muito bons, mas esta é apenas uma fase da tua vida, tens de aprender a dosear as coisas”.
Na realidade a vida não acaba aos 21, têm de perceber que vai continuar a ir beber copos com os amigos, vai continuar a ter namorada e, por incrível que pareça, dependendo de cada um, até poderá ter mais que uma.
3- Irresponsabilidade
Este é, talvez, um dos pontos que mais definirá a sua carreira. Quando faltam às aulas, estão a perder uma oportunidade, quando se inscrevem em formações e não vão, estão a perder oportunidades, quando é apresentada uma empresa numa aula e saem a meio, estão a fechar uma porta que pode nunca mais abrir.
Basicamente, os jovens acham que têm muito tempo para ser responsáveis e que quando chegar a altura de serem profissionais o serão. A verdade é que a responsabilidade e o profissionalismo têm de ser treinados e senão o forem, mais dificilmente serão trabalhadores exemplares no primeiro emprego.
4- Só pensarem no futuro no último ano
“Ai meu Deus que faltam 3 meses para acabar o curso e eu nem sequer tenho um CV feito”. Sem dúvida que só mesmo Deus para o ajudar. O CV, a preparação para entrevistas, a construção de um pitch e saber-se vender, tudo coisas a ser trabalhadas durante 3 anos. Algo que tem de estar pronto, o aluno tem de estar pronto a entrar numa sala de entrevista, com o entrevistador à frente e saber aplicar todo o conhecimento que obteve durante a licenciatura. Não é a 3 meses de acabar o curso que o estudante deve entregar o currículo, as grandes empresas nessa fase já estão em processo de seleção, já viram todos os CV’s que havia para ver. E os estágios de Verão? Esses já deveriam ter sido feitos no Verão passado.
5- Não aproveitar o que a instituição disponibiliza
Hoje em dia as universidades apostam nos seus alunos, e, milagrosamente, aperceberam-se que não basta a vertente académica, é necessária também uma vertente social. Numa lógica de preparação as universidades apostam em formações de soft skills, em debates, em gabinetes de apoio à gestão de carreiras que promovem ações junto das empresas e ajudam na criação dos CV’s, na preparação para as entrevistas, na ponte para o mercado de trabalho.
E o que é que o estudante faz? Vai ao Gabinete de Gestão de Carreiras a 2 meses de terminar a licenciatura, perguntar o que pode fazer para ingressar no mercado de trabalho, algo que deveria ter feito depois da festa do enterro do caloiro.
6- O desprezo pela criação de uma rede de contactos
É no mínimo pouco consensual dizer isto de jovens que estão no auge das suas capacidades sociais; a verdade é que nem sempre optam pela rede de contactos certa. Conhecer o dealer ou o rapaz que consegue despejar mais rápido meio litro de cerveja pela garganta a baixo nem sempre é o mais correto e os jovens têm uma atração platónica por este tipo de indivíduos. Nada contra, mas está na altura de conhecer também o responsável de RH da empresa X ou o Marketing Manager da Y, está na altura de apostarem nestes contactos, de irem beber café com eles, de lhes darem ideias, de partilharem opiniões. Isto pode valer um emprego, algo que raramente o dealer dá (e se der é melhor não aceitar), já o rapaz da cerveja… é possível!
7- Não falarem com os professores
Gostava de conhecer pessoalmente a pessoa que disse “quando o professor sabe o teu nome estás lixado”, teríamos bastantes pontos a debater. Uma grande parte das ofertas de emprego que o estudante tem quando ainda está na faculdade vem da parte dos professores, pois são naquele momento quem mais contacto tem com o mercado de trabalho, tirando o Gabinete de Gestão de Carreiras, e a verdade é que uma simples conversa com o professor pode levar a um estágio profissional, que pode levar a um emprego, sem contar com as inúmeras empresas que pedem cartas de recomendação e são os professores que as têm de passar, ou quando são os professores que por autoria própria recomendam a um colega de profissão. Nunca devem menosprezar a relação com o docente.