O caso está a chocar a França e lembra as piores memórias cinéfilas de ‘Hannibal Lecter’, personagem celebrizada por Anthony Hopkins em ‘O Silêncio dos Inocentes’: um prisioneiro, condenado a perpétua, matou o companheiro de cela e comeu-lhe os pulmões.
O criminoso, já apelidado de ‘canibal’, explicou às autoridades que o fez porque a vítima “lhe dirigiu um olhar violento”. Nicolas Cocaign, de 38 anos, assumiu a culpa do acto e disse que tinha problemas com o parceiro na disputa pela casa-de-banho e na partilha do papel higiénico.
O incidente ocorreu em Janeiro de 2007, na prisão da cidade de Rouen, mas as conclusões judiciais só agora foram conhecidas. De acordo com o ‘Daily Mail’, os dois presos começaram a lutar até que Cocaign atacou o companheiro de cela com tesouras e o sufocou com um saco, tendo depois comido os seus pulmões. O homicida referiu também que “estava curioso para saber ao que sabia” a vítima.
Segundo as autoridades, Cocaign terá ainda cozinhado partes do corpo do cadáver com cebola, azeite, sal e pimenta, recorrendo a um fogão de campismo que os reclusos eram autorizados a ter na prisão.
O crime violento foi testemunhado por um terceiro preso: David Lagrue, de 36 anos, que tentou separar os dois homens. Trautamatizado pelo episódio, acabou por se suicidar em Novembro de 2009.
O advogado de defesa de Cocaign alegou que os seu cliente sofre de “problemas psicológicos extremos” e que o seu lugar devia ser num instituto psiquiátrico.