As melhores escolas de Portugal, ou pelo menos aquelas em que os alunos conseguiram ter melhores médias, foram hoje conhecidas num ranking que está a dar que falar.

O principal motivo é o de o ensino público continuar a ser esmagado pelo privado, sendo a diferença ainda mais acentuada no ano passado: a primeira escola pública aparece na 32ª posição do ranking.

Estes dados são referentes a 2019, portanto são “pre-covid”. Será de esperar que no ano que vem, se fizerem ranking, o ensino público saia ainda mais prejudicado.

Prevemos que isto aconteça por um motivo muito simples, que é económico. Em lares com melhores condições económicas terá havido durante o período de confinamento melhor acesso aos meios tecnológicos para que os alunos pudessem continuar a acompanhar a matéria.

É completamente diferente viver num lar onde há 3 ou 4 computadores, cada um tem o seu quarto e pode estar em silêncio, há livros e material à disposição… do que estar num lar em que não há computador, ou só há 1 e tem de ser partilhado com o pai que está em teletrabalho.

Parecendo que não, o ensino à distância veio acentuar ainda mais as consequências de ser (ou não) favorecido economicamente.

Outra questão que acontece frequentemente é que os privados fazem uma preparação mais agressiva para exames visto que para eles é particularmente importante destacar-se nestes rankings para atrair alunos, que é como quem diz clientes.

Mas isso são conversas para outro dia.

Quanto ao ranking, a Escola Básica e Secundária Dr. Serafim Leite, em São João da Madeira, destacou-se como a pública com melhor média nacional nos exames de 2019, segundo dados disponibilizados pelo Ministério da Educação. A média das 155 provas dos alunos internos foi de 13,29 valores (numa escala de zero a 20), levando a escola de São João da Madeira a ocupar o 1.º lugar do ‘ranking’ das públicas e o 32.º da tabela geral que junta estabelecimentos públicos e privados.

O Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, voltou a ocupar o 1.º lugar da tabela geral, com uma média de 15,47 valores. É o sexto ano consecutivo que surge no topo do Ranking.

A maioria dos alunos do 3.º ciclo e do secundário “chumbou”, pelo menos, um ano letivo ou num dos exames nacionais, segundo dados do Ministério da Educação que indicam que o insucesso atingiu mais de 250 mil jovens.

Queres saber em que lugar ficou a escola onde andaste? é só passares por exemplo na tabela organizada pelo público em parceria com a Católica Business School. A minha está no top 20 ?