Provavelmente usas Wi-Fi regularmente para ligar o teu smartphone, computador ou tablet à gloriosa world wide web.
Mas brevemente, essa mesma tecnologia pode vir a ser usada para um propósito quase tão nobre como vir visitar o Ainanas: manter-te seguro em áreas públicas.
De acordo com um estudo recentemente publicado por investigadores da Universidade de Rutgers, o Wi-Fi pode ser usado para detectar de forma simples e barata armas, bombas e químicos explosivos, contidos em malas.
Chen Wang, Jian Liu, Yingying Chen, Hongbo Liu e Yan Wang, conquistaram o prémio de melhor paper na Conferência de Comunicações e Segurança de Redes da IEEE 2018.
De acordo com os investigadores, a maior parte dos objetos perigosos contém metais ou líquidos que interferem de uma maneira muito específica com o sinal de Wi-Fi. Outros materiais que normalmente existem nas malas e mochilas, como papeis, roupas, tecidos e fibras, deixam o sinal passar facilmente e sem interferência.
Para o seu estudo os investigadores criaram um sistema de deteção de armas baseado em sinal Wi-Fi e a taxa de sucesso foi espetacular: conseguiram distinguir as mochilas com conteúdo perigoso das inofensivas em 99% dos casos.
No entanto caso os objetos perigosos sejam previamente envoltos em outro material antes de serem colocados na mochila, a eficácia descia para 90%. Muito bom ainda assim.
A maior parte dos aeroportos usa tecnologia de raio X ou tomografia computadorizada para fiscalizar a bagagem. No entanto estes instrumentos são muito caros e difíceis de implementar em locais públicos. Assim este sistema pode vir a ser usado para aumentar a segurança em locais públicos, usado em conjunto com equipas de segurança que abordem os indivíduos detectados e façam uma fiscalização manual da bagagem.
Poderá vir a ser usado em breve em centros comerciais, festivais, eventos desportivos, conferências e outros aglomerados de pessoas potencialmente interessantes para ataques terroristas.