Enviado por: Hugo Delai Costa
Susana Ferreira não queria acreditar no que acabara de ver: um funcionário do cemitério de S. Bartolomeu, em S. Romão do Coronado, Trofa, passou diante dela com um corpo que estaria a ser trasladado – mas a descoberto e sem qualquer proteção.
Foi na passada quinta-feira, cerca de meio-dia, quando ia visitar a campa de familiares. Segundo Susana, o portão estava fechado e sem qualquer aviso alusivo – no verão, está aberto das 8.30 às 20 horas. Quando tentou entrar, foi informada de que o cemitério estava encerrado. “O coveiro disse que estavam a trasladar corpos, e passou com um dentro de uma carrela [carrinho de mão] à minha frente, enquanto eu estava a ver o horário no portão. Fiquei em estado de choque”, contou ao JN.
“Imagine o que é ver um corpo em decomposição com as pernas a arrastar pelo cemitério fora, num carrinho de mão. Nesse dia, não almocei nem jantei. Não dormi durante dois dias. Aquela imagem horrível ficou-me na cabeça”, diz Susana Ferreira, que chamou a GNR após questionar os funcionários do cemitério acerca das condições em que efetuavam as trasladações.