A Informante é uma especialista em limpezas de cenas de crime que trata de múltiplos homicídios por semana e já foi chamada para casos de tiroteios, esfaqueamentos, ataques com catanas e laboratórios de metanfetaminas. Está de plantão 24 horas por dia, seis dias por semana, e afirma que não há outro trabalho que a faça sentir tanta adrenalina como este.
Uma das suas primeiras experiências chocantes envolveu uma mulher que caiu e morreu devido a um intenso trauma na cabeça. Quando o seu corpo começou a decompor-se, o gato da mulher começou a comer parte do seu cérebro, o que acabou por matar o gato devido à quantidade de bactérias, apesar de haver ainda bastante comida para gato disponível. Desde esse incidente, ela não consegue olhar para os gatos da mesma maneira.
A Informante revela que a parte mais difícil do seu trabalho é lidar com os sobreviventes na cena do crime sem causar um trauma secundário. Num dos casos, teve de lidar com a esposa de um homem que se tinha suicidado. Ele tinha gasto todas as suas economias a arranjar a casa e quando a casa ficou inundada, isso foi o que o empurrou para o limite.
Ela explica que, apesar dos desafios e dos momentos difíceis, a sua atividade é essencial para ajudar a resolver casos criminais e a limpar os cenários de forma a que os familiares não tenham de enfrentar o horror de limpar os locais onde as tragédias aconteceram. É um trabalho duro, mas necessário, que exige coragem, resiliência e uma grande capacidade de lidar com a dor alheia.