O inverno traz desafios para os automobilistas que terão de enfrentar condições de circulação adversas.
O tempo quente e as estradas secas dão lugar a temperaturas baixas e a pisos molhados, e com gelo ou neve, uma passagem que implica alguns cuidados especiais. Além de uma condução mais prudente, há outro aspeto recomendado para uma melhor adaptação a estas circunstâncias: o uso de pneus de inverno.
Como reconhecê-los?
Exibem, na parte lateral, dois símbolos que demonstram a sua capacidade para enfrentar condições invernais rigorosas. Um é o ‘M+S’, que indica um desempenho superior aos padrões comuns na neve e na lama (também pode ser encontrado nos pneus multiestações). O outro é um floco de neve à frente de uma montanha de três cumes – conhecido por 3PMSF. Trata-se de um símbolo alpino, exclusivo dos pneus de inverno, que significa que estes passaram os testes mínimos regulamentados para desempenho em condições de neve.
Quais as vantagens?
– Segurança. Este é o principal benefício da recomendada substituição a cada seis meses. Os pneus de inverno estão preparados para rodar perante condições mais vulneráveis, especialmente abaixo dos 7ºC quando os modelos comuns deixam de ser tão eficazes devido ao endurecimento da sua borracha. O composto utilizado na sua produção assegura maiores níveis de flexibilidade, tração, aderência e motricidade, elementos determinantes para uma condução segura.
– Eficácia. A maior segurança deve-se ao melhor comportamento do veículo na estrada. Por serem mais macios, os pneus de inverno adaptam-se melhor ao pavimento, respondendo de forma eficaz às solicitações do condutor. Por outro lado, a eficiência nas travagens aumenta e o risco de aquaplanagem diminui na mesma proporção, dada a capacidade que apresentam para repelir a água, fruto da especificidade da sua escultura (desenho do piso): a profundidade dos rasgos e o grande número de lamelas acrescentam eficácia a este tipo de pneus, na neve e no gelo.
– Conforto. A utilização de pneus de neve, ou de inverno, também representam conforto para o condutor, sobretudo quando se prevê a circulação por estradas e zonas sujeitas a temperaturas muito baixas. Sendo uma alternativa às correntes de neve (dispositivos de uso temporário aplicados manualmente), eliminam o esforço e o risco associados à prática de montagem e desmontagem das mesmas. Mais ainda porque cerca de 80% dos automobilistas admite não saber montar as ditas correntes ou nunca as ter instalado nos pneus de verão.
Dois pneus são suficientes?
Não. É altamente recomendável a instalação dos quatro pneus para neve aquando da chegada do tempo frio, por forma a garantir ao veículo um comportamento equilibrado e harmonioso. A aderência à estrada deve ser sempre semelhante nos dois eixos, evitando, dessa forma, sobreviragens ou subviragens em pisos molhados. Uma montagem parcial poderá colocar em causa a eficácia da troca e, por conseguinte, a segurança de todos os ocupantes.
O seu uso é obrigatório?
Não. Ao contrário do que acontece em alguns países sujeitos a temperaturas extremas, a utilização deste tipo de pneus não é obrigatória em Portugal. Contudo, a sua instalação é aconselhável para se obter melhores resultados durante o período de maior frio e chuva. A recomendação aplica-se, sobretudo, a zonas do país mais propícias a condições adversas, como as terras mais altas das regiões da Beira Interior e de Trás-os-Montes e Alto Douro. A escolha justifica-se, também, pela queda de neve.
Fonte: euromaster