A crise económica e o «gravíssimo» problema do desemprego, principalmente entre os jovens, estiveram neste sábado no centro das conversações entre o Papa Francisco e o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, informa o Vaticano.
Segundo a mesma fonte, o Papa Francisco e Durão Barroso mantiveram uma conversa a sós de cerca de 15 minutos, num ambiente de cordialidade.
«O encontro permitiu uma troca útil de opiniões sobre a atual situação internacional, com particular enfoque para a questão da integração europeia e para a crise económica, que perdura e tem consequências gravíssimas no emprego, principalmente o juvenil, e sobre a vida de todas as famílias», acrescenta o comunicado.
O sumo pontífice e o presidente da Comissão Europeia também analisaram «a contribuição positiva que a Igreja Católica pode oferecer, na atual conjuntura, para o bem-estar material e espiritual da Europa».
Abordaram igualmente a promoção dos direitos humanos, «especialmente a liberdade religiosa e a tutela das minorias cristãs no mundo».
A audiência a Durão Barroso decorreu na biblioteca privada do papa Francisco, no palácio apostólico.
Antes do encontro, que decorreu sem recurso a intérpretes, o Papa Francisco e Durão Barroso brincaram sobre que língua seria a escolhida para falarem entre eles, se o português ou o espanhol.
O Papa disse que não ia ter problemas para entender Durão Barroso: «Nós entendemos, pela nossa parte diz-se que o português é um espanhol mal falado».
Durão Barroso ofereceu ao papa Francisco um livro sobre a história da Comissão Europeia e sobre os pais fundadores da União Europeia.
O papa Francisco, por seu lado, retribuiu com um abre-cartas dos museus do Vaticano.
No final do encontro, o presidente da Comissão Europeia esteve reunido com o secretário de Estado do Vaticano («primeiro-ministro»), o cardeal Tarcisio Bertone, e com o ministro dos Negócios Estranegeiros, o arcebispo Dominique Mamberti.