Hoje em dia, os videojogos de maior êxito são normalmente títulos produzidos por estúdios de grande peso na indústria, sendo os jogos de acção rápida e as arenas online os estilos mais dominantes.
Estes títulos arrecadam milhões e milhões através de lançamentos altamente publicitados e legiões de fãs fiéis a sagas que acompanham todas as novidades.
Porém, de vez em quando aparece um jogo que, de certa forma, abana o panorama do gaming da maneira mais inesperada possível. Este jogo em particular apanhou-nos completamente de surpresa.
Está no Steam, é grátis, é curto (5 horas no máximo), é leve, e é um simples e despercebido visual-novel (um género popular no Japão; é basicamente uma história em texto, acompanhada de imagens, e a certo ponto o jogador pode influenciar a continuação da história através de várias escolhas).
A história começa muito inocentemente: encarnamos a pele de um aluno do secundário que é convidado a fazer parte de um clube de literatura. O objectivo inicial é conhecer as raparigas do clube e ganhar a afecção das mesmas. Algo muito banal e desinteressante.
Provavelmente nem reparávamos neste jogo… se não fosse por um simples facto: o trailer e o próprio jogo deixam um subtil aviso ao início.
“Este jogo não é apropriado para crianças ou para pessoas que se chocam facilmente.” O jogo está sob a categoria de “terror psicológico” no Steam. Isso bastou para despertar a nossa curiosidade.
Gostaria mesmo muito de explicar mais e convencer-vos a experimentar, mas acreditem: este é o tipo de jogo que não dá mesmo para fazer spoiler. Não dá, simplesmente. Se eu explicar mais, vou arruinar a experiência. É um exemplo muito real de não julgar um livro pela capa. Não deixem o trailer “fofo” enganar-vos.
O que é certo é que o humilde jogo já ganhou vários prémios e nomeações para “jogo do ano” em várias publicações e está a dar que falar.
As críticas e reviews não podiam ser melhores. Neste momento, em mais de 80 mil pessoas que avaliaram o jogo, 97% deram nota muito positiva. Não é preciso dizer mais nada.
Deixo apenas uma recomendação: se vocês se imergem com facilidade nas histórias e nos mundos dos jogos, levem o aviso muito a sério. Não se arrependerão.
