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Adeus e até nunca mais macaquinho Bush

O que muda com Obama?

Enquanto candidato, fez o discurso da mudança. Mas, como Presidente, terá Barack Obama “margem de manobra” para mudar na medida em que prometeu? A Renascença procurou opiniões e respostas.


Os eleitores norte-americanos afluíram em massa às urnas para eleger o até aqui senador do Illionois, que bateu na corrida à Casa Branca o republicano John Mccain.

Problemas – o diagnóstico

O ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, num primeiro comentário a esta vitória democrata, sublinha “a esperança que, claramente, renasceu com o Senador Obama”. No entanto, “temos que ter a consciência – que ele próprio certamente tem – de que temos pela frente duras batalhas, no plano interno e no plano externo”.

Estratégia militar

Quanto às guerras no Iraque e no Afeganistão, o General Loureiro dos Santos antecipa algumas dificuldades e afirma que Obama “vai ter que se sujeitar às realidades e vai ser condicionado pela situação no terreno”.

Os Estados Unidos estão a negociar no Iraque para tentar sair o mais depressa possível e preparam-se para fazer o mesmo no Afeganistão, “o que é mais complicado”, sublinha o especialista.

O General Loureiro dos Santos acredita que o novo Presidente “vai alterar o paradigma da política externa norte-americana”, apostando mais na diplomacia e na negociação política em detrimento do uso da força.

A Renascença ouviu também o General Cabral Couto. Este especialista em geoestratégia não espera uma mudança radical nos objectivos da administração Obama, antes uma maneira diferente de estar na cena internacional.

Ambiente e energia

Viriato Soromenho Marques, professor universitário e antigo presidente da Quercus, explica que Barack Obama pretende desenvolver um programa energético “muito ambicioso”.

O objectivo passa por “libertar”, nos próximos dez anos, os Estados Unidos da grande dependência face aos combustíveis fósseis, através de uma aposta forte nas energias renováveis e na manutenção do nuclear aos níveis actuais.

Em matéria de ecologia, Viriato Soromenho Marques salienta que “a grande mudança consiste no regresso das alterações climáticas e das questões ambientais ao centro da política quer doméstica quer internacional dos Estados Unidos.

O que muda na economia

João Duque, professor do ISEG, admite a descida dos impostos prometida por Barack Obama pode aumentar a confiança e os níveis de consumo. Para Portugal um dos impactos positivos pode ser, eventualmente, o aumento das exportações para os EUA.

Ricardo Reis, professor de Economia da Columbia University, não prevê grande impacto em Wall Street devido a um novo Presidente e diz que os mercados estão preocupados com outras questões.

O que muda na política

O politólogo António Costa Pinto diz que o novo Presidente dos Estados Unidos pode trazer uma lufada de ar fresco, mas há que ter em conta que há expectativas que vão sair frustradas.

A Europa revê-se mais em Obama do que em George W. Bush, mas “há que evitar grandes expectativas, porque ele continuará a ser o presidente dos EUA e irá provocar algumas desilusões aos europeus, no seu todo, e aos portugueses”, sublinha.

Combate ao terrorismo, a crise financeira, as relações com a Europa a Rússia e até com África ou as questões ambientais para além dos temas internos norte-americanos como segurança social ou imigração, são alguns dos principais desafios ao Presidente eleito.

Fernando Santos, jornalista, escritor e analista político em Nova Iorque desde a década de 70, antecipa uma diminuição do esforço de guerra no Iraque como condição para o cumprimento de grande parte das promessas eleitorais.

Um dos “pontos essenciais” para libertar fundos para implementar as suas políticas é retirar o contingente militar norte-americano do antigo país de Saddam Hussein, sublinha Fernando Santos.

Fonte: Renascença


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Categoria/s: Humor