O humorista português Rui Sinel de Cordes apresenta a sua autobiografia “Monstro”, gerando controvérsia ao criticar diversos colegas do meio artístico nacional. Mas nenhum foi tão atacado como Joana Marques.
O controverso humorista Rui Sinel de Cordes acaba de lançar a sua autobiografia intitulada “Monstro”, uma obra que tem gerado significativa discussão no meio artístico português. O livro destaca-se não apenas pelo relato pessoal do autor, mas principalmente pelas críticas diretas a diversos colegas da área do entretenimento.
Entre as personalidades visadas nas páginas do livro encontra-se Joana Marques, uma das vozes mais reconhecidas do humor na rádio (e no digital). A abordagem crítica de Sinel de Cordes relativamente aos seus pares profissionais revela uma perspetiva crua e sem filtros sobre o atual panorama humorístico nacional.
A publicação surge como um retrato introspetivo que ultrapassa as fronteiras de uma simples autobiografia, transformando-se num documento que analisa e questiona o estado do humor em Portugal. O lançamento tem provocado reações diversas na comunidade artística e mediática, alimentando debates sobre os limites da crítica entre profissionais do mesmo meio. Especialmente porque as palavras foram bem duras e sem filtros.
“A anãzinha da rádio é um particular triste exemplo. A autora de um dos conceitos mais ordinários de sempre, certamente o pior que já saiu com o escudo do humor. É manipulação e controlo do discurso, apenas uma ferramenta de supressão e adulteração de opiniões”, escreveu em “Monstro”.
“É o resultado de uma violação pelo contínuo da secundária. Se Portugal fosse um país atrasado, a única vez que ela sairia da gruta era quando o circo passasse na cidade e eu não diria que ela faria de mulher-bomba, aquela gorda não cabe num canhão”, disse ainda.
“Ela é o típico caso da vítima que se vinga dos agressores do passado, agredindo quem não lhe faz mal no presente. Isto é a uma reação psicológica, presente em muitos agressores e pessoas com distúrbios mentais como sabem, o que torna estas pessoas bastante perigosas para a sociedade”, rematou.
Joana Marques teve oportunidade de responder na Renascença e, como é habitual, fê-lo com ironia. “Tenho de considerar uma medalha a alguém com este nível do ordinário considerar o ‘Extremamente Desagradável’ o conceito mais ordinário de sempre, estou orgulhosa e surpreendida ao mesmo tempo, porque de todas as pessoas visadas neste livro (…) ninguém é brindado com tantos elogios como eu”, comentou.
