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Anarquia, Destruição e Pilhagens em Londres
Anarquia, Destruição e Pilhagens em Londres

Imagens de jovens de cara tapada com veículos em chamas em pano de fundo fazem hoje as primeiras páginas da imprensa britânica onde se lê "anarquia" em várias manchetes e editoriais, que analisam os motins.

Imagens de jovens de cara tapada com veículos em chamas em pano de fundo fazem hoje as primeiras páginas da imprensa britânica onde se lê “anarquia” em várias manchetes e editoriais, que analisam os motins.

motins em londres

“Há aqui um contexto de desconfiança da polícia”, lê-se no “Independent”, que lembra a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes em 2005 cujas circunstâncias foram inicialmente encobertas pelas autoridades.

O jornal vinca que na origem da violência dos últimos três dias esteve um protesto contra as dúvidas existentes sobre a morte de um residente local durante uma operação policial na quinta-feira.

O “Guardian” considera que a morte de Mark Duggan “deve ser completamente examinada antes de ser feito um juízo final”.

Mas acrescenta que “seria imprudente pretender que os últimos motins não devem nada ao mau policiamento”, fazendo referência aos motins de 1981 também em Londres.

Os diários “Times” e “Daily Telegraph” são mais cautelosos em comparar estes distúrbios com outros no passado e com a animosidade contra a polícia existente na altura.

“Londres não vê hoje uma comunidade em guerra com a polícia. Vê jovens – sobretudo homens, sobretudo adolescentes – contentando-se em pilhar e incendiar”.

O “Daily Telegraph” condena o que descreve como as “mais vergonhosas pilhagens alguma vez observadas nestes país, levadas a cabo por dezenas de jovens criminais oportunistas”.

Nos tablóides, questiona-se a demora das autoridades em controlar os acontecimentos e do regresso de férias do primeiro-ministro, que só aconteceu hoje.

“O governo de David Cameron não é directamente culpado pela orgia de violência mas ele está mais distanciado do país do que é suposto”, critica o “Daily Mirror”.

O “Sun” indigna-se por não existirem “canhões de água e gás lacrimogéneo quando os vândalos estão a queimar carros e a saquear lojas”.

E comenta também a demora na reacção dos dirigentes políticos, cuja “falta de liderança” pode ter limitado a resposta policial.


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