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Verdadeiro Espetáculo de Merda em Portugal
Verdadeiro Espetáculo de Merda em Portugal

Todos nós já passámos pela experiência de ir a um espetácule que se revela uma valente cagada, mas isto eleva o conceito para um novo patamar!

Todos nós já passámos pela experiência de ir a um espetáculo, exposição, concerto ou evento que acaba por se revelar uma valente cagada, mas isto eleva o conceito de espetáculo de merda para um novo patamar!

Descrição: Um grupo de pessoas urina em cima de imagens de dinheiro e políticos.
Conceito, Direção Artística
Ana Borralho & João Galante
Performers Ana Borralho, André Uerba, Antonia Buresi, Cátia Leitão (aka Alface), Filipe Pereira, Francisca Santos, João Galante, Matthieu Erlacher, Teresa Silva, Tiago Gandra
Produção CasaBranca
Co-produção -mente

 

ana borralho e joão galanteAna Borralho e João Galante estudaram artes plásticas no Ar.Co. Desde 2002 trabalham em parceria, e desde 2004 os seus trabalhos são apresentados em festivais nacionais e internacionais. A dupla é responsável pela direção artística do festival de artes performativas “Verão Azul” em Lagos.

Arte? Cultura? Decadência?

Não sei quem é mais deprimente: os freaks que vão mijar achando que é arte, ou os pseudo-intelectuais, que se deixam convencer de que o momento que presenciam é artístico. NÃO É ARTE FODA-SE, É MIJO. ACORDEM.

Era chegar lá por trás e fazer assim…

pontapé na cona

Os geniais criativos que conceberam, produziram e realizaram o portento são Ana Borralho e João Galante que, tendo criado na progressiva cidade de Lagos a Associação Cultural Casa Branca, recebem da Secretaria de Estado da Cultura/ DGArtes, a título da apoio, a quantia anual de 75.640.94 €, ou seja 6.303.41 € por mês, ou seja 3.150.70 € mensais para cada um dos prodigiosos artistas.

Face a este ordenado e ao uso que dele é feito, imaginamos as reacções de alguns leitores apanhados ao acaso:

Reacção 1, de um leitor empedernidamente liberal: «Então os impostos de que o Estado me espolia todos os meses são para aplicar nisto? E é nisto que estão a pensar quando falam na reforma do Estado e nos cortes na despesa e mais não sei o quê?»

Reacção 2, de um leitor socializante e que acha que o apoio estatal às artes é indispensável, mas atribuído criteriosamente, embora ele não saiba definir muito bem o que isto possa ser: «Então numa época de crise, com tantos cortes que afectam tão violentamente o tecido cultural, será prioritário apoiar este tipo de coisas em vez de outras com qualidade e repercussão infinitamente superiores, sei lá, género Cornucópia ou o Rui Horta?»

Reacção 3, de um improvável leitor bloquista, antropólogo no desemprego, membro de várias comissões de luta que cantam o Grândola e discípulo fiel do Prof. Boaventura: «Muito bom! A verba é notoriamente escassa, o que configura claramente uma tentativa de censurar a justa denúncia do fascismo neo-liberal, da ditadura dos mercados financeiros e da globalização capitalista! Quando é que dão dinheiro aos artistas para eles itinerarem por todo o país e mesmo pelo universo?»

Reacção 4, do Joaquim do Tribunal Constitucional, a fazer dele e de mais meia dúzia de juízes em férias: «Oh, meus amigos, nem pensem em diminuir ou aumentar a verba atribuída, ou em interferir no modo como ela usada, ou em coisíssima nenhuma!!! Nem vale a pena citar as dezenas de normas que demonstram que mudar seja o que for neste caso, como em quase todos, é atentatório de igualdade e da equidade e do socialismo e da reforma agrária e da política de blocos e sabe-se lá de mais o quê! E não venham com conversas que nós não somos pressionáveis!»