Após várias pessoas me terem perguntado se já tinha visto o novo “blockbuster” da Netflix, 6 Underground, lá me fiz ao sofá, de pipoca na mão, para ver de que se tratava!

Sendo um filme do Michael Bay com Ryan Reynolds (Deadpool) no principal papel estava à espera de um misto de ação e comédia, e não há dúvida de que foi exactamente isso que o filme entregou.

Tenho a dizer que fiquei com a impressão de que deixaram o Michael Bay demasiado à solta neste filme. O gajo fez aquilo de que mais gosta: rebentar com cenas, causar acidentes, tiroteios, explosões e batalhas confusas.

No entanto fê-lo com tanta intensidade, com tanto excesso, que a história se perdeu completamente. Não há ali nada que tenha o mínimo interesse ou cole um gajo ao enredo, é basicamente só ação.

Com todo o respeito pelos duplos e pela equipa de efeitos especiais, que foram quem realmente trabalhou neste filme, tenho a dizer que o resto ficou uma autêntica cagada.

Cheguei ao fim do filme conhecendo apenas vagamente as personagens, e já estava a olhar para o relógio para ver quando terminava a vigésima oitava batalha épica do filme para me poder ir deitar.

Dias depois de ter visto um filme que era exactamente o contrário – O Milagre da Cela 7 – isto pareceu-me completamente errado. Tenho pena que gastem tanto dinheiro (150 milhões de dólares) apenas para fazer cenas de violência gratuita sem qualquer conteúdo e que não passa mensagem nenhuma.

Mentira, até passa uma mensagem e é uma merda de mensagem: o gajo apregoa do princípio ao fim o mérito de cagar para a família para se ter a liberdade de fazer o que quiser. Belo lema de vida, sim senhor.

FUN FACT: A atriz portuguesa Lídia Franco entrou neste filme, aparecendo por duas ou três vezes a fazer de velhota demente ( a mãe do 3 ). Espero que lhe tenham ao menos pago bem.