A nova adaptação cinematográfica da aclamada obra de Stephen King “Carrie” chega hoje às nossas salas de cinema, e calha mesmo bem.
Já vimos o filme e fizemos um pequeno review.
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Carrie (2013) não é, para nós, um filme de terror. Não há do princípio ao fim do filme nenhum momento que faça sentir medo ou sequer aquela tensão típica do suspense.
A miuda que interpreta Carrie (Chloë Grace Moretz) é linda e isso ajuda-nos logo a simpatizar com ela. É uma miuda doce, calma, que faz o melhor que pode para não causar problemas a ninguém.
Apesar de a mãe dela ser uma anormal do caralho e uma fanática religiosa que passa a vida a cortar-se, a espetar cenas no corpo, a falar de pecados e a maltratá-la, Carrie gosta da mãe e tenta ajudá-la a ver que pode ser feliz e normal.
A puta da velha, brilhantemente interpretada por Julianne Moore (foto abaixo) sempre tratou a filha como um cancro, mas ainda assim a miuda nunca deixou de gostar da mãe nem de lhe dar oportunidades. Bastava a mãe ter um gesto positivo e ela ficava logo feliz.
Como se não bastasse ter este monstro em casa, Carrie também era vista como uma miuda estranha na escola e todos gozavam com ela e a excluiam.
A dado momento, acontece algo surpreendente no filme: uma miuda bastante popular e que tinha sonhado com o baile de finalistas durante toda a vida sente-se subitamente arrependida de ter gozado com a Carrie e decide não ir ao baile e “emprestar” o seu namorado (também mega popular) para ser par de Carrie.
Onde é que este sentimento de culpa e subito arrependimento aconteceria na vida real? Em lado nenhum. Esqueçam os poderes mágicos, esta é provavelmente a cena menos realista do filme.
A mãe obviamente não a quer deixar ir, mas ela marca posição e vai mesmo.
O rapaz é um granda porreiro e até curte da Carrie, que vai toda gata ao baile e até se diverte bastante. Qualquer coisinha deixava a miuda feliz. E nós cada vez gostamos mais dela enquanto o filme decorre..
Depois tudo corre mal. Carrie e o par são coroados “Reis” do baile e quando sobem ao palco para receber o prémio um balde de sangue é despejado na cabeça de Carrie e ela sofre a maior humilhação da vida.
É nessa altura que os colegas que a gozavam descobrem um pormenor importante neste filme: Carrie tinha um grande poder telecinético que lhe permitia mover coisas à distância. E não era só canetas.. carros também!
Ela passa-se completamente dos cornos, tranca aquela merda toda e solta a puta da vingança sobre os idiotas que a gozavam. Neste momento, nós que estamos a ver o filme, só pensamos “dá-lhes, caralho! apanha esses filhos da puta todos!” E cada vez que ela mata um nós sorrimos!
Se fossemos nós no lugar dela, a sofrer a mesma humilhação e tendo o mesmo poder, faríamos 1000 vezes pior foda-se. Haviamos de mandar tudo com o caralho e bazar a voar, com um sorriso no estampado rosto.
Infelizmente Carrie era mesmo boa miuda e depois do Massacre foi para casa muito triste contar à mãe o que se tinha passado. A mãe tentou matá-la e Carrie acabou por se suicidar, levando consigo a mãe e toda a casa para debaixo da terra. Foi um final estúpido.. ela devia ter aproveitado melhor os poderes e curtido a vida à grande.
Ainda assim, saímos satisfeitos da sala de cinema. Carrie não é um filme de terror, mas é um filme para acompanhar com muita pipoca, que se vê muito bem e diverte bastante.
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