Estivemos ontem na antestreia de Chappie e ficámos totalmente surpreendidos pelo filme: ao contrário do que muitas vezes acontece, o trailer não prometia nada de especial mas o filme é realmente bom.
O trailer apresenta-nos um filme que parece ser construido à volta de um confronto épico entre robots com inteligência artificial e robots controlados por humanos mas na verdade o filme não é sobre isso e esse confronto ocupa apenas uns minutos de um enredo muito mais interessante, onde o que verdadeiramente é trabalhado é a natureza humana e a própria definição do que é estar vivo e do que é ser uma pessoa.
Fazendo-nos empatizar com uma máquina que manifesta sentimentos, emoções e até princípios e reprovar comportamentos humanos de pura ganância, maldade, mentira, traição e crueldade o filme consegue fazer com que de facto questionemos tudo o que somos.
Sem entrar na zona do spoil, e ignorando o nonsense tecnológico, gostámos particularmente de como foi tratada a questão da consciência, separando-a do invólucro temporário que é (mas não tem necessariamente de ser) o nosso corpo.
A possibilidade de exportar/transferir uma consciência como forma de atingir uma imortalidade é algo que nos parece fazer todo o sentido e embora talvez já não o vejamos acontecer no nosso tempo de vida, vamos provavelmente ficar a poucos anos de diferença dos primeiros imortais.
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