As ‘coffeeshops’ de Amesterdão já não vão ter de vedar o acesso a turistas. A mudança de Governo na Holanda levou o novo executivo a transferir a decisão para a autarquia, que optou por manter aberto um negócio que atrai cerca de 1,5 milhões de turistas por ano.
As 220 ‘coffeeshops’ de Amesterdão – cafés que permitem a compra e consumo de algumas drogas, como canábis – podem continuar a receber turistas. O Governo da Holanda tinha anunciado que o acesso a estas lojas seria exclusivo para os holandeses, mas nas eleições de setembro surgiu um novo executivo, que transferiu a decisão para a autarquia.
Eberhard van der Laan nem hesitou. “Os turistas podem continuar a visitar as 220 ‘coffeeshops’ de Amesterdão, mesmo se não residirem na Holanda”, garantiu o edil de Amesterdão, citado ontem pelo jornal “Volkskrant”.
O motivo para a decisão é a criminalidade. O Governo anterior alegava que o ‘turismo da droga’ fazia aumentar a insegurança, mas van der Laan tem uma visão oposta: “1,5 milhões de turistas não iriam dizer ‘então, acabou-se a marijuana’, iriam em enxame procurar drogas em toda a cidade. Isso iria provocar mais roubos, mais rixas por causa de droga falsa e acabaria o controlo da qualidade da droga que está no mercado”.
Isto porque as ‘coffeeshops’ têm de manter um registo das drogas que vendem, garantindo um controlo de qualidade que não é possível obter na venda ilegal, justificou o autarca, lembrando também que estas lojas só podem ser frequentadas por adultos.
Fonte: PTJornal