Corrupção’, que significa “uso de meios ilícitos para obter algo de alguém”, foi considerada a palavra do ano, de 2014, segundo uma votação realizada pelo Grupo Porto Editora e na qual participaram 22 mil portugueses.
É claro que é preciso ter em conta que este concurso, organizado pela Porto Editora, tem tanto rigor e seriedade como o Batatoon, como se provou em 2012, quando “entroikado” foi eleita palavra do ano.
O grupo editorial revelou que a segunda palavra mais votada pelos portugueses foi ‘xurdir’, um regionalismo que significa “lutar pela vida” ou “fazer pela vida”, e a terceira foi ‘selfie’, um estrangeirismo adotado pela língua portuguesa e que significa autorretrato, o ato de tirar uma fotografia a si próprio.
“Os vários casos de suspeita de corrupção que foram sendo conhecidos ao longo do ano passado, e a consequente atenção dada pelos ‘media’ que alimentou debates e conversas, terão influenciado a escolha feita pelos portugueses”, justifica a editora.
O ano de 2014 ficou marcado por dois grandes casos judiciais com acusações de corrupção: O processo ‘Face Oculta’, sobre uma suposta rede de corrupção que teria como objetivo o favorecimento do grupo empresarial de Manuel Godinho, e a operação ‘Labirinto’, relacionada com os vistos ‘gold’.
O ano ficou ainda marcado pela detenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates, por suspeita de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada. Segundo a votação da “palavra do ano”, feita pela Internet na página www.infopedia.pt, ‘corrupção’ somou 25 por cento dos votos.
As dez palavras que estavam em votação eram ‘banco’, basqueiro’, ‘cibervadiagem’, ‘corrupção’, ‘ébola’, ‘gamificação’, ‘jihadismo’, ‘legionela’, ‘selfie’ e ‘xurdir’. A Porto Editora realiza esta votação desde 2009, ano em que foi eleita a palavra ‘esmiuçar’. A esta juntam-se, em anos seguintes, as palavras ‘vuvuzela’ (2010), ‘austeridade’ (2011), ‘entroikado’ (2012) e ‘bombeiro’ (2013).
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