Quando olhamos para uma menina tão angelical, não somos capazes de imaginar que ela desejava ferozmente assassinar os pais e irmão enquanto dormiam.
A Ira de um Anjo
A origem da revolta e da psicopatia está na infância conturbada da menina, que perdeu a mãe com um ano, no parto do seu irmão. Ficou então à guarda do pai que abusava sexualmente dela.
Mais tarde, ela e o irmão foram encaminhados para a adoção, e rapidamente um casal os levou para casa.
Com o passar do tempo, Beth começou a comportar-se de forma estranha, agredindo e tentando matar o irmão e os pais adotivos, sem contar com os animais de estimação que ela torturava e matava sem remorsos. Não demonstrava perceber o amor ou ter quaisquer sentimentos positivos.
Algum tempo depois, a menina passou a ser trancada no quarto à noite, uma vez que facas andavam a desaparecer da cozinha e a família começou a sentir-se insegura com a presença dela.
A menina não conseguia criar nenhum tipo de laço afetivo, receber ou dar amor, não conseguia estabelecer relações familiares pois não sentia nenhum tipo de empatia. Tirava a vida a qualquer criatura sem o menor ressentimento.
Em 1989, Elizabeth foi internada numa casa especializada em tratar crianças com desordem emocional. Vê o documentário “A Ira de um Anjo”, feito sobre ela:
A superação
Contra todas as expectativas, Beth conseguiu dar a volta à sua vida. Hoje é enfermeira na Unidade de Terapia Neonatal, dando suporte a mães e cuidando de recém-nascidos.
É também autora do livro “Mais do que um fio de esperança” e juntamente com a sua mãe adotiva, Nancy Thomas, criou uma clínica para crianças com distúrbios graves de comportamento.
A sua vida de sobrevivência e vitória traz esperança e compreensão para pais e profissionais, trabalhando para curar a criança afetada e, acima de tudo, capacitar os pais com uma visão positiva para o futuro do seu filho.
Se ela conseguiu tornar-se uma boa pesssoa, nenhuma criança é um caso perdido.