Uma mulher de Coimbra, de 56 anos, envolvida num processo de burlas de pensões com 30 arguidos, admite em tribunal que fazia falsificações recorrendo ao famoso paint! é que nem sequer se dignavam a falsificar com Photoshop, que falta de profissionalismo.
Uma ex-bancária de 56 anos, envolvida num processo de burlas de pensões com 30 arguidos, admitiu esta segunda-feira na primeira sessão, no Tribunal de Coimbra, que falsificava os relatórios médicos recorrendo Paint.
De acordo com a Lusa, a mulher é acusada de pertencer a uma organização criminosa que emitia documentos para a obtenção de pensões de invalidez, em que eram angariados clientes, elaborados relatórios médicos e emitidos atestados médicos fraudulentos com doenças de que os beneficiários não padeciam.
A ex-bancária admitiu que falsificava relatórios médicos, alterando os dados de documentos originais emitidos por diversas entidades do Serviço Nacional de Saúde em nome de outras pessoas.
De acordo com a arguida, a ex-professora ter-lhe-á facultado os documentos originais e pedido para lhes alterar o nome e data. E vai ela toda lampeira, saca do Paint e faz a falsificação.
“Só tomei conhecimento da dimensão da situação depois de a PJ ter ido lá a casa”, contou a ex-bancária, nervosa mas cooperante, dizendo que apenas alinho por ter “obrigações morais” para com a ex-professora, que a teria ajudado no passado.
Valeu a pena?
A mulher teria a receber dez euros por cada relatório médico falsificado. “Recebeu quanto? 5.000 euros?”, questionou o juiz que preside o coletivo, a quem a ex-bancária respondeu que “gostava” de ter recebido esse valor, mas que “nem 500 euros” recebeu da ex-professora – “apenas deu para pagar os tinteiros da impressora”.