A situação é inacreditável, especialmente num país que se diz desenvolvido: as autoridades (GNR) não estão a conseguir fazer cumprir a lei em Alter do Chão, por falta de meios.
Uma festa de casamento decorre, com mais de 50 pessoas, no Bairro da Horta das Furnas, em Alter do Chão.
Apesar de os moradores da vizinhança estarem a pedir à Guarda Nacional Republicana que ponha fim à “Festa da Boda”, tal não está a acontecer. A Festa decorre já desde dia 21.
Na madrugada de quinta feira a patrulha local da GNR foi ao local sendo recebida de forma hostil. Pediram reforço a dois postos vizinhos e lá conseguiram temporariamente suspender os festejos… que recomeçaram assim que eles se foram embora.
A desvantagem numérica dos militares da GNR ditou a impossibilidade de impor a lei.
Segundo avança o CM citando o coordenador Sul da Associação de Profissionais da Guarda (APG/GNR), António Barreira, “foram pedidos reforços da Unidade de Intervenção, mas a resposta do Comando foi que não havia meios (…) Desde então que a festa continua sem que haja resposta da GNR.
O responsável da APG/GNR alerta para uma situação que é “reflexo da carência de meios humanos” e que “transmite um sentimento de impunidade e insegurança às populações”.
Recorde-se que a GNR está em em alerta máximo: guardas andam com coletes à prova de bala e postos estão de portas fechadas durante a noite para prevenir vingança após troca de tiros no Seixal.
Miguel Prudêncio Abreu foi morto quando reagiu a tiro contra dois militares da GNR, no Seixal, tendo sido depois prometida vingança pela sua morte.