Recentemente surgiram uns vídeos hilariantes de comissões de inquérito parlamentar em que Bernardo Moniz da Maia, Luís Filipe Vieira e outros empresários demonstraram grande amnésia sobre as suas dívidas.
Mesmo antes deles todos, já Joe Berardo tinha ido ao mesmo sítio, gozar com as mesmas pessoas.
O especulador causou perdas milionárias em 3 bancos diferentes que se uniram depois para tentar cobrar qualquer coisa. Mas estão a ser fintados!
Chamado a prestar declarações no parlamento – porque um desses bancos é de todos os portugueses, a Caixa Geral de Depósitos – gozou basicamente com toda a situação.
Ele não tem nada em nome dele, está tudo em nome de empresas, fundações e afins. Pode viver no maior luxo, que não lhe conseguem penhorar nada. É lixado… Vê só os “melhores momentos” deste circo em que os palhaços somos nós, a pagar isto tudo.
Agora parece que poderá efetivamente haver consequências para esta brincadeira.
Dá conta a comunicação social que hoje de manhã, Joe Berardo terá sido detido no âmbito de uma operação da Polícia Judiciária (PJ) por burlas em financiamentos concedidos pela Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Suspeita-se de vários crimes, entre eles burla agravada, fraude fiscal, branqueamento de capitais e administração danosa. Também foi detido o advogado André Luiz Gomes.
“No âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal estão em curso cerca de meia centena de buscas, sendo 20 domiciliárias, 25 não domiciliárias, três a estabelecimentos bancários e uma a escritório de advogado, tendo ainda sido emitidos dois mandados de detenção.Estas diligências decorrem em vários locais do país, nomeadamente, em Lisboa, Funchal e Sesimbra”, pode ler-se no comunicado das autoridades.
Segundo a TVI24, a detenção prende-se exatamente com o modo como Berardo obteve empréstimos da Caixa Geral de Depósitos, que em 2015 ainda revelavam uma exposição do banco público à Fundação Berardo na ordem dos 268 milhões de euros em créditos mal parados. Berardo terá alegadamente montado um esquema de dissipação de património e dinheiro, através de empresas-veículo, para escapar aos credores.
Será que vai dar em alguma coisa ou vão andar a empurrar tudo até prescrever como é costume? Às tantas o homem ainda morre antes de se chegar a uma conclusão.