Tiago Santos, 17 anos, foi brutalmente assassinado.
Corpo esfaqueado, cabeça esmagada à pedrada, as pernas totalmente carbonizadas. Foi neste estado que um sem-abrigo encontrou o cadáver do jovem Tiago Santos, de 17 anos, largado dentro de um armazém junto à estação de metro do Sr. Roubado, Odivelas.
A Polícia Judiciária de Lisboa interrogou ontem um homem que diz ter presenciado o bárbaro homicídio, embora sempre escondido ao pé do armazém – mas garante não conhecer nem a vítima nem o grupo de homicidas. Não restam dúvidas de que em causa esteve um ajuste de contas – a hipótese de roubo foi afastada por junto ao corpo estar a carteira da vítima, com dinheiro, e um telemóvel – e a investigação aponta para vingança ligada ao tráfico de droga.
O telefone de Tiago tocou o dia inteiro de domingo, sem que o jovem atendesse. Foi visto pela última vez de manhã cedo, sentado nas escadas do prédio onde vivia com os pais, em Odivelas. Depois desapareceu. A má notícia chegou à noite.
Os pais identificaram-no de imediato e confessaram à PJ que o filho estava desaparecido.
As dúvidas quanto aos motivos da tortura fatal persistem na cabeça do casal.
“Partiram o meu filho todo”, desabafou o pai, Ângelo Santos, sem controlar as lágrimas. A dor de Rute, mãe, era notória: “É um sofrimento horrível, nem dá para explicar”.
Tiago Santos tinha duas irmãs, uma de 20 anos e outra mais nova, de apenas cinco.
Fonte:CM