Um jovem casal norte-americano segue aquilo a que chama «dieta do lixo». Thrifty e Maximus só consomem produtos que retiram de caixotes do lixo ou de depósitos de detritos de supermercados e feiras.
Moram em Massachussets, nos Estados Unidos, e fazem parte dos Freegans, um grupo que vive sem gastar um centimo em alimentação. A intenção do grupo, com cada vez mais adeptos, é protestar contra o capitalismo desenfreado e contra o desperdício causado pelo consumo inconsciente.
Mas alimentarem-se de lixo não significa comer mal ou comida estragada. Na busca por alimentos, escolhem muito bem eliminam os que estão estragados, usando apenas os de boa qualidade para cozinhar em casa.
A ideologia freegan é baseada na prática das seguintes ações:
Garimpo urbano: os freegans conseguem, graças à sociedade consumista da atualidade, viver a partir do que é descartado no lixo por outras pessoas. A obtenção ocorre por meio do garimpo urbano, onde o lixo de lojas, residências, escritórios e outras construções é remexido em busca de coisas úteis. Esta actividade também é conhecida como dumpster diving.
Okupas ou squats: os freegans crêem que ter casa é um direito, não um privilégio, e que não é justo mercantilizar algo necessário à sobrevivência humana. Por isto, propõem a ocupação de casas urbanas abandonadas e a transformação de terrenos baldios em hortas urbanas comunitárias.
Desemprego voluntário: segundo os freegans, trabalhar é uma troca da liberdade pela submissão a um sistema destruidor. Por meio do garimpo urbano e das okupas, a quantidade de trabalho necessário aos freegans para que vivam é reduzida drasticamente ou totalmente.
Transporte ecológico: os freegans, para evitar os impactos ambientais e sociais dos automóveis e das rodovias, não utilizam meios de transporte poluentes.
Coletivização e trocas de recursos: visa evitar o descarte de itens, enquanto o garimpo urbano visa obter itens descartados. Por meio da coletivização e das trocas, os freegans conseguem ajudar-se mutuamente.
Retorno ao natural: os freegans procuram a valorização dos ciclos da vida e das estações do ano, e por isto buscam aprender a alimentar-se sem supermercados e curar-se sem remédios, por meio da familiarização com as plantas circundantes. Outros vão mais além e mudam-se para locais isolados onde constroem comunidades integradas na natureza.
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