O fosso que separa os mais ricos do comum dos mortais aumentou de forma dramática nos últimos meses e está agora mais marcado do que nunca.
Devia falar-se mais disto. Se 1% das pessoas quisessem mudar o Mundo… PODIAM.
Podiam MESMO acabar com a fome, erradicar doenças, fazer a nossa sociedade progredir como um todo. Porque é que isso não acontece? Ganância e um modelo económico que funciona para que 1% beneficie, uns 20% acreditem que se trabalharem muito ainda lá chegam, e o resto passe dificuldades.
A riqueza acumulada por 1% da população mundial, os mais ricos, superou a dos 99% restantes, em 2015, um ano mais cedo do que se previa, segundo a organização não-governamental Oxfam.
A ONG calcula que apenas “62 pessoas possuem tanto capital como a metade mais pobre da população mundial“, quando, há cinco anos, era a riqueza de 388 pessoas que estava equiparada a essa metade.
“O fosso entre a franja dos mais ricos e o resto da população (o planeta) aumentou de forma dramática nos últimos doze meses”, segundo um relatório da organização não-governamental (ONG) britânica Oxfam, intitulado “Uma economia a serviço de 1%”. No ano passado, a Oxfam estimava que isso acontecesse em 2016. “No entanto, aconteceu em 2015: um ano antes”.
“Não podemos continuar a deixar que centenas de milhões de pessoas tenham fome, quando os recursos para os ajudar estão concentrados, ao mais alto nível, em tão poucas pessoas”
Manon Aubry, Oxfam
Para combater as desigualdades, a Oxfam pede o fim da “era dos paraísos fiscais”, referindo que 9 em cada 10 empresas entre “os sócios estratégicos” do Fórum Económico Mundial de Davos “estão presentes em pelo menos um paraíso fiscal”.
“Devemos abordar os Governos, as empresas e as elites económicas presentes em Davos a empenharem-se para acabar com esta era de paraísos fiscais, que alimenta as desigualdades globais, e impedir que centenas de milhões de pessoas da pobreza”
Winnie Byanyima, diretor-geral da Oxfam
A 46ª edição do Fórum Económico Mundial termina a 23 de janeiro e acontece numa altura em que o medo da ameaça terrorista e a falta de respostas para a crise de refugiados na Europa se juntam às dificuldades que a economia mundial encontra para voltar a crescer e mesmo as economias emergentes abrandam no seu crescimento.
Segundo o presidente do WEF, Klaus Schwab, a “‘4.ª revolução industrial’ refere-se à fusão das tecnologias”, nomeadamente no mundo digital, que “tem efeitos muito importantes nos sistemas político, económico e social”.