Ao contrário do que é costume, esta notícia é bastante séria. A falta de confiança no sistema já é de tal ordem que os bancos estão a sentir necessidade de escrever aos seus clientes só para os assegurar de que está tudo bem, de que não há razões para entrar em pânico devido à crise internacional que o sector financeiro está a atravessar.
Recebi agora mesmo esta comunicação do meu Financial Advisor no BIG. Acho que é útil partilhá-la, ainda que a maior parte das pessoas ainda não esteja completamente a par da situação que estamos a atravessar (Irão certamente aperceber-se em breve).
Por favor, leiam as notícias. E não saltem a parte da economia. De preferência, leiam um jornal especializado como o Diário Económico ou o Jornal de Negócios, para perceber mais ou menos o nível de APUROS em que estamos.
Caro Investidor,
Tendo em conta a actual situação financeira e considerando a importância de ter algum enquandramento em relação à situação actual da Banca em Portugal, tomo a liberdade de juntar notícia do Semanário Económico, onde pode ter uma percepção de quais os bancos mais expostos aos mercados monetário e de divída.
Reforço também a diferença de conceito de “banco de investimento” nos EUA e em Portugal, onde, neste último caso, a licença para exercício de actividade bancária é igual para um banco de retalho/comercial e para um banco de investimento, isto é, não existem restricções na captação de depósitos.
Aproveito ainda para dar alguma informação adicional: Grandes diferenças do BiG face à generalidade dos Bancos
Grandes diferenças do BiG face à generalidade dos Bancos (o que garante a solidez do BiG até no limite de circustâncias extremas ou imprevistas):
– Não temos, nem nunca tivémos, qualquer exposição a créditos sub-prime;
– Não fazemos actividade de underwriting;
– A nossa solvabilidade (relação entre capitais próprios e activos) é das maiores do sistema financeiro: cerca de 30% (quando o mínimo exigido pelo Banco de Portugal é 8% e a média do sector é de 10%). O que significa que um banco típico tem activos de 10-12 vezes o seu capital e o BiG somente cerca de 4 vezes.
– A nossa actividade de crédito é marginal e é basicamente sobre-colateralizada por activos líquidos (e controlada em real-time por call-margin);
– Efectivamente a nossa relação de crédito versus depósitos é de 10% quando a média é de 160%. Ou seja nesta categoria chave temos 16 vezes menos alavancagem que a média;
– O BiG é profundamente excedentário de liquidez, e ainda limita as suas aplicações a Bancos como a CGD ou dívida pública (cerca de 1/3 do nosso activo é efectivamente cash e depósitos);
– Todos as aplicações do BiG estão valorizadas ao valor de mercado;
– O BiG não tem qualquer estrutura de empresas subsidiárias, nem veículos opacos e/ou off-shore;
– Todos os valores mobiliários dos clientes estão depositados nas respectivas centrais de valores, à total disposição dos mesmos;
– Não temos actividade seguradora;
– Já practicávamos as directivas da DMIF, antes da mesma ter entrado em vigor em Novembro de 2007;
– Não temos quaisquer responsabilidades por cobrir para fundo de pensões;
– Os interesses da equipa de gestão estão totalmente alinhados com os dos clientes e accionistas, visto que detém cerca de 20% do capital.