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Empresa só quer “Funcionárias Apelativas” e Gera Revolta
Empresa só quer “Funcionárias Apelativas” e Gera Revolta

Sandra Arezes respondeu a um anúncio e foi tratada como um pedaço de carne. Revoltada, partilhou a sua história e em poucas horas a situação está a tornar-se viral e a atingir proporções que talvez a própria não imaginasse.

Enviado por: Fabio Silva

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Em poucas horas a situação está a tornar-se viral e a atingir proporções que talvez a própria não imaginasse.

Ao responder a um anúncio de emprego, Sandra Arezes foi tratada como um pedaço de carne e sentiu-se profundamente revoltada, lançando o apelo online: “BASTA!!! JÁ CHEGA DE NOS TRATAREM COMO OBJECTOS.” . A cena tornou-se viral nas redes sociais e já está a chegar à comunicação social.

Esta foi a mensagem que a Sandra recebeu em resposta ao envio do seu CV:

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As qualificações dela não eram relevantes, o que importava mesmo para a marca era que ela fosse o mais “fisicamente apelativa” possível.

Está por descobrir que empresa é essa tal Clinique SA. “O Net-Empregos não referia a empresa, só referia o endereço de e-mail”. Numa primeira fase, esta empresa foi associada à empresa americana de maquilhagem e cosméticos Clinique, que entretanto desmentiu qualquer ligação com o caso.

A própria Clinique Portugal pediu a Sandra para fazer um comunicado no seu Facebook e esclarecer esse ponto, já que a marca está a receber críticas no Facebook ligadas ao caso. Em vez de lhe fazerem pedidos podiam dar-lhe emprego, já agora! Em condições, e saindo bem desta situação.

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Esta foi a resposta da Sandra, like a boss:

Boa noite!

Depois de muito pensar, resolvi responder ao vosso email.

Antes de mais nada, deixe-me retifica-la quanto ao meu nome. Uma vez que no meu currículo está lá escrito, acho uma falta de profissionalismo da sua parte ter -me tratado por “Daniela”.

Sendo a senhora mulher, acha normal e correcto o pedido de envio de fotos de corpo inteiro porque só contratam mulheres “mais fisicamente apelativas”? Não que eu tenha qualquer problema com o meu corpo mas acho de um absurdo ridículo esta descriminação, depois de nós mulheres tanto lutarmos pelos nossos direitos de igualdade de género. Até porque, e deveriam estar informados, isto é considerado descriminação e como pode perceber, punível por lei.

A senhora devia ter vergonha na cara, por compactuar com tamanha barbaridade.

Para terminar, informo vossas excelências que foi tirado print deste e-mail e será feita denúncia às autoridades competentes. Enviei ainda os prints para as redes sociais para que possam ver o tipo de “gerências” que temos neste país e para prevenir algumas mulheres mais inocentes. Quanto à senhora Inês Santos, deveria repensar se é neste tipo de empresas que quer continuar a sua carreira profissional e se é isto que pretende para o seu futuro. Pois, por dinheiro algum, me venderia ao ponto de me diminuir como mulher.

Sem mais de momento,

Cumprimentos,

Sandra (e não Daniela) Arezes

A Sandra enviou uma queixa para a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), uma vez que acredita que este tipo de discriminação é ilegal. Diz também já ter ligado para a Inspeção do Trabalho mas não lhe atendem o telefone. “Mas eu vou continuar a tentar. Vou até não ter mais forças”, garante.

“Isto é um grito de revolta, um basta de sermos tratadas como um pedaço de carne. Basta de sermos objetificadas”.

Ficam as tags:
#‎PorMimPorTiPorNosMulheres‬
‪#‎BastaDeDescriminaçao‬
‪#‎NaoSomosMerosPedaçosDeCarne‬


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Categoria/s: Curiosidades