O Estado Islâmico está a mover-se rapidamente e a conseguir expandir-se de forma assustadora.
Segundo os planos da organização, até 2020 toda a peninsula ibérica estará nas suas mãos. O que significa que ataques e investidas estarão previstos para muito breve. Calcula-se que o ISIS tenha cerca de 50 mil membros. Para além disso também não têm falta de dinheiro: estima-se que tenham até ao momento arrecadado mais de dois mil milhões de euros, graças ao controlo do petróleo e do gás no Iraque e na Síria.
Um mapa elaborado pelo Estado Islâmico mostra que o grupo pretende dominar toda a região do norte de África e boa parte da Europa, incluindo a Península Ibérica, até 2020.
O mapa, revelado nesta semana com o lançamento do livro “Empire of Fear: Inside the Islamic State” (“Império do Medo: Dentro do Estado Islâmico”), escrito pelo jornalista da BBC Andrew Hosken, mostra a extensão de território que o grupo quer controlar nos próximos cinco anos. “Eles querem sob o seu controlo tudo o que consideram fazer parte do mundo islâmico”, afirma o repórter.
No mapa, o nosso país entra numa região que recebe o nome de Al-Andalus, a designação árabe dada aos territórios de Portugal, Espanha e França ocupados pelos mouros no século VIII.
O autor considera que é “pouco provável” que tal venha a acontecer, mas relembra que quando os jihadistas começaram a dar os primeiros passos para construir o seu autoproclamado califado também se pensava que a criação do Estado Islâmico seria “pouco provável”.
De acordo com o livro de Hosken, o EI elaborou um plano com sete etapas que começou na década de 90, que incluía provocar uma guerra dos EUA com o mundo islâmico no início da década de 2000 e instigar protestos contra as lideranças árabes entre 2010 e 2013. Se tivermos em consideração o passado, têm conseguido atingir os seus objetivos.
Depois de desestabilizarem o Iraque e a Síria, os próximos alvos são a Arábia Saudita e a Líbia, afirma o autor. Também já começaram a prejudicar a principal indústria tunisina – o turismo.
A maior preocupação do jornalista é a que os terroristas consigam ter acesso a armas químicas.