Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os dias, mais de cem milhões de pessoas têm um orgasmo, ou seja, 1,14 por cento da população mundial. O que significa que mais de 98 por cento da população corre o risco de se tornar triste, irritadiça e rabugenta. Quem o diz são os cientistas.
São muitos os termos usados para o caraterizar: “sinfonia do cérebro”, “espetáculo de pirotecnia” ou, simplesmente, “nirvana”. Os seus efeitos, porém, têm uma única interpretação. Magdalena Salamanca, psicanalista especializada em sexo e que trabalha em Espanha, é mais uma das cientistas que não tem dúvidas em afirmar: a ausência do prazer sexual pode provocar doenças e transtornos mentais.
“É importante, porque o orgasmo é a satisfação de um dos instintos mais importantes do ser humano, que é o sexual”, sustentou a especialista, em declarações à BBC. Segundos as suas conclusões, muitos dos problemas de cunho social ou profissional estão relacionados com a insatisfação sexual. “Por exemplo, a ansiedade é um dos transtornos mais relacionados com a ausência do orgasmo”, garante.
Um outro estudo, publicado há alguns meses por cientistas da Universidade de Rutgers, no Estado americano de Nova Jersey, concluía que o orgasmo tem um efeito cerebral bastante intenso. Segundo os resultados da pesquisa, são mais de 80, as regiões do cérebro que se tornam ativas durante o clímax.
E, para o provar, realizaram uma ressonância magnética ao cérebro de uma mulher de 54 anos, durante um orgasmo. As imagens demonstraram que o seu cérebro se tornou amarelo, revelando que, durante esse momento, aquele órgão esteve praticamente todo ativo.
Outro dos grandes benefícios do orgasmo é a oxigenação das células. Estudos recentes demonstram que a atividade cerebral, iniciada pelo orgasmo, se propaga por todo o sistema límbico, a região do corpo responsável pelas emoções e personalidade humanas.
É por isso que Ana Luna, uma das psicólogas defensoras da prática do orgasmo, garante que este é essencial para uma personalidade saudável. “Quando não se tem um orgasmo toda essa energia fica presa”, afirma a especialista, acrescentando que, muitas vezes, a ausência do prazer sexual pode tornar a pessoa irritadiça, triste, rabugenta e até mesmo com dificuldades em sorrir.