O nosso país nem é dos mais problemáticos, mas também por cá o mercado ilegal de armas existe e não são só pistolinhas adaptadas. A polícia fala de cenas bem pesadas.
Provavelmente no resto do país também será assim, mas a fonte desta notícia (DN) falava em particular do mercado das armas ilegais nos bairros dos arredores de Lisboa.
Na capital e bairros periféricos vende-se de tudo: de caçadeiras de canos serrados a armas de guerra que podem valer 30 mil euros no mercado negro
Em maio deste ano, a PSP fez uma rusga em bairros da região de Lisboa à procura de armamento ilegal e entre o espólio apreendido encontrou uma “pesada” surpresa: a metralhadora de assalto Sig Sauer 556, de fabrico suíço.
Os agentes apuraram que esta arma de guerra, usada pelas unidades de elite da polícia, era procurada num outro país europeu pela sua utilização num crime.
Na capital e nos bairros periféricos, no mercado negro das armas vende-se de tudo: caçadeiras de canos serrados, pistolas 6.35 mm, armas de alarme adaptadas, mas também algumas de combate que chegam a ser vendidas por 30 mil euros, como as pistolas metralhadoras Uzi, de fabrico israelita, e algumas Kalashnikov como as que foram usadas nos atentados de Paris de há uma semana.
Este tráfico de armamento, que noutros países europeus é ainda mais preocupante, levou a Comissão Europeia a aprovar nesta semana medidas para melhorar o sistema de identificação das armas legalmente detidas.
Estima-se que só em Portugal circulem perto de 1,5 milhões de armas ilegais – tantas como as legais. Nos últimos dois anos, em média, as polícias portuguesas confiscaram 24 armas de fogo por dia, num total de 17 713 apreensões.