Eleito ‘Ícone de Estilo’ pelo Council of Fashion Designers of America, Johnny Depp foi dos primeiros actores a atrair atenções para as suas mãos, desde que, no final do ano passado, surgiu com as unhas coloridas de azul.
O momento – que muitos se apressaram a encaixar numa acção de marketing associada ao filme The Rum Diary – acabou por se converter numa imagem tão poderosa que, em pouco mais de um pincelar de esmaltes, multiplicaram-se as campanhas de promoção aos vernizes masculinos. Quase todos denunciados pelo nome.
A marca Evolutionman, por exemplo, parece apostada em fixar a tendência de pintar as unhas num processo de evolução do homem, enquanto a Alpha Nails aposta a sua estratégia de venda no conceito dos machos alfa.
«Por que pintar as unhas?», pergunta-se de um lado. «Por que não?», questiona-se do outro, num somatório de interrogações invarialmente encerradas num arco-íris de vernizes.
Agora, lembra a Evolutionman, a velha tradição roqueira de pintar as unhas de preto já passou à história, porque «ninguém precisa de pertencer a uma banda de rock para fazer furor».
Os actores Johnny Depp, Al Pacino e Zac Efron confirmam a máxima, igualmente comprovada no estilo pop de Seal e no visual dos futebolistas Guti e David Beckham.
Os exemplos replicam-se além dos EUA – com as unhas do actor brasileiro Marcello Antony na linha da frente – e ajudam a quebrar as ligações entre a cor das unhas e a orientação sexual.