Artur Agostinho, morreu esta terça-feira, aos 90 anos, no Hospital de Santa Maria onde estava internado há uma semana. O corpo do comunicador irá ainda hoje para a capela da Igreja S. João de Deus, em Lisboa.
Artur Fernandes Agostinho (25 de Dezembro de 1920 — 22 de Março de 2011) foi um jornalista, radialista e um premiado actor português.
Locutor, apresentador, jornalista, publicitário, ator e escritor, colunista do nosso jornal, tornou-se um dos rostos mais populares da sua geração. O seu famoso: “É gooooooloooooooo”, que gritou pela primeira vez num Benfica-Porto, no final dos anos 40, ainda hoje persiste como um marco na história da rádio em Portugal.
Participou nos filmes “Cais do Sodré” (1946), “O Leão da Estrela” (1947), “Capas Negras” (1947), “Cantiga da Rua” (1950), “Sonhar é Fácil” (1951), “O Tarzan do 5.º Esquerdo” (1958), “Dois Dias no Paraíso” (1958), “O Testamento do Senhor Napumoceno” (1997), “A Sombra dos Abutres” (1998). Mais recentemente, na televisão, vinha participando em telenovelas e séries como “Casa da Saudade”, “Ganância”, “Clube das Chaves”, “Ana e os Sete”, “Sonhos Traídos”, “Inspector Max”, “Tu e Eu”, “Pai à Força” e “Perfeito Coração”.
Em sua homenagem, O jornal “Record” (do qual foi director) criou em 2005 o Prémio Artur Agostinho destinado a protagonistas do desporto que se tenham também distinguido no ano da atribuição do troféu. Desde a sua criação, Artur Agostinho entregou o troféu, pessoalmente, a Pauleta (2005), Scolari (2006), Rui Costa (2007), Cristiano Ronaldo (2008), Luís Figo (2009) e José Mourinho, em dezembro do ano passado.
Em dezembro, Artur Agostinho foi agraciado por Cavaco Silva com a Comenda da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, numa cerimónia que decorreu no Palácio de Belém. Depois da homenagem, o eterno comunicador confessou: “Realmente foi um dos dias mais felizes da minha vida”.
Já em março, no início do mês, Artur Agostinho apresentou um novo livro, “Flash-back – Uma história da vida real”.