Uma das novidades da quarta edição do concurso de talentos da SIC foi a abertura dos castins aos emigrantes portugueses e luso-descendentes. Ricardo Vieira, de 27 anos, foi escolhido entre mais de 200 candidaturas um número que ultrapassou as expectativas da estação. Foi em Tróia, na apresentação do “Ídolos”, que a imprensa conheceu o filho de portugueses, nascido no Luxemburgo.

Vencedor do concurso daquele país “Searching the voices”(2005), o single de estreia – “Talking about love” – de Ricardo Vieira atingiu o primeiro lugar dos tops das rádios luxemburguesas.

“Não estamos a par da carreira dos miúdos. Mas o Ricardo, daquilo que mostrou, penso que sim”, respondeu aos jornalistas Manuel Moura dos Santos, presidente do júri, quando questionado sobre a possibilidade do concorrente ter uma prestação bem sucedida.

“Chegou ontem (terça-feira), fez o casting formal, a prova de teatro e esteve à altura. Passou à fase seguinte. Acho que quando ele estiver mais à vontade conseguirá exteriorizar melhor o potencial que tem”, acrescentou.

Do grupo de 60 concorrentes, que chegaram à fase do Teatro, com “um nível muito bom”, nas palavras deste jurado, Moura dos Santos já identificou “três ou quatro” com possibilidades de integrarem os finalistas que actuarão nas galas em directo. “Uma delas é a Carolina Deslandes, outro o Gerson Santos”, revelou.

Nas primeiras audições, no CCB em Lisboa, os dois candidatos receberam elogio do júri, também constituído por Laurent Filipe, Roberta Medina e Pedro Boucherie Mendes. As suas prestações podem ser vistas já na emissão desta noite. “Quando ouvi aquilo soube à partida que tinham grandes expectativas e que eu ia ter de trabalhar o dobro ou o triplo para manter o nível desse casting”, disse Carolina, de 18 anos. Gerson, de 17, destacou-se pela sua voz rouca.

“Em Portugal, o público gosta deste tipo de vozes. Todos os vencedores do ‘Ídolos’ tinham este registo. Desde o Nuno Norte, passando pelo Sérgio (Lucas), acabando no Filipe (Pinto)”, prosseguiu Manuel Moura dos Santos.

“É difícil ganhar uma mulher”

Se esta é a altura ideal para o regresso do formato, Manuel Moura dos Santos, diz que não lhe cabe responder. Porém o produtor assinala que devido ao facto de a população portuguesa ser de poucos milhões, “o campo de recrutamento” é pequeno. Por isso, agradou-lhe que se tenham aberto os castings aos emigrantes e luso-descendentes. “Tenho pena que as condições em que enviaram o material não fossem as melhores e que não nos possibilitou uma selecção melhor”, disse.

Quando ao vencedor, na opinião do jurado, apenas uma certeza: “É muito difícil em Portugal ganhar uma mulher”. Explica: “A maioria dos votantes neste concurso são mulheres. E as mulheres votam em homens, não me perguntem porquê”.

Fonte: JN