Dia 15 de Setembro de 2012 ficou marcado por uma das maiores manifestações populares que alguma vez se viu em Portugal. Não foi organizada por nenhum partido e foi transversal a toda a sociedade.
Fartos de serem roubados pela Troika e pelo governo de Pedro Passos Coelho, largos milhares de portugueses sairam às ruas em protesto.
Que se Lixe a Troika!
Queremos as nossas Vidas!
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Tinta, garrafas e petardos em desafio à PSP
Ontem ao final do dia centenas de pessoas desmobilizaram da Praça de Espanha, em Lisboa, e incentivaram à continuidade do protesto seguindo em direção à Assembleia da República.
Durante a noite, houve momentos de tensão com o rebentamento de petardos, arremesso desenfreado de garrafas de cerveja e até o lançamento de baldes de tinta contra os elementos do Corpo de Intervenção da PSP, que impediam o acesso dos manifestantes, depois de terem sido retiradas as barreiras.
Escutaram-se palavras de ordem como “Invasão, invasão”, “Juntem-se a nós”, “Tirem a farda” ou “Esta casa é nossa”, entre o uníssono do hino e Grândola, Vila Morena – as duas letras mais repetidas -, e os pedidos de demissão do Governo.
Pelo menos três pessoas que tentaram contornar o cordão policial e subir a escadaria foram detidas.
Já perto da meia-noite, duas pessoas escalaram as estátuas de leões que ladeiam a escadaria da Assembleia da República, sem que se tivesse registado qualquer incidente. Uma delas – um homem – ergueu durante alguns minutos um cartão em forma de coração. Desceu e foi fortemente aplaudido por centenas de pessoas que ainda resistiam.
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PSP agradece aos cidadãos que colaboraram
Na nota no Facebook, a PSP “agradece a todos os cidadãos que colaboraram com os polícias na manutenção da ordem que caraterizou genericamente as manifestações em todo o país” e destaca o trabalho dos agentes que “durante largas horas de serviço, souberam dignificar a farda, honrar a sua missão e dar um testemunho de profissionalismo que, ultrapassando fronteiras, prestigiou o (nosso) país”.
Numa mensagem acessível aos cidadãos e integrada nas redes sociais que levaram à mobilização popular, a PSP termina a comunicação desejando “bom descanso para todos”.
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Photo by: Filipe Mendonça
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