O DAESH poderá estar a planear planear usar armas proibidas de destruição em massa nos seus ataques no futuro, segundo um relatório do Parlamento Europeu, preparado pela analista política Beatrix Immenkamp após os atentados do dia 13 de novembro em Paris.
A União Europeia e os seus estados-membros devem estar preparados para a hipótese de um ataque do DAESH com armas químicas e biológicas no seu território pelo DAESH, segundo um relatório analítico de Beatrix Immenkamp, para o Parlamento Europeu.
Segundo o relatório, citado pela Sputnik News, os extremistas recrutaram recentemente diversos cientistas e terão já conseguido contrabandear armas químicas e biológicas para a Europa.
Um possível atentado pode incluir bombas nucleares sujas e armas biológicas ou químicas, alerta o relatório.
Segundo Immenkamp, terão já sido levadas para a União Europeia sem ser detectadas quantidades significativas de substâncias QBRN: químicas, biológicas e radionucleares.
O que são ameaças QBRN? A prevenção da UE nesta área cobre todos os tipos de riscos QBRN (isto é, riscos de natureza química, biológica ou radionuclear), quer estes tenham causas naturais ou sejam provocados pela actividade humana de forma acidental ou deliberada, como, por exemplo, a contaminação voluntária de água potável, a contaminação radionuclear acidental ou o surto de uma nova doença infecciosa, nomeadamente sob a forma de pandemia.
Comissão Europeia
Os relatórios mensais de inteligência da Interpol apontam vários exemplos de aquisição, contrabando ou posse de substâncias QBRN.
Os serviços de inteligência da União Europeia foram aconselhados a vigiar militantes que regressem aos seus países de origem “com conhecimentos especiais sobre armas químicas, biológicas, radiológicas e nucleares”.
A polícia britânica já se prepara para ataques deste tipo:
“O DAESH recrutou e continua recrutar centenas de militantes estrangeiros, incluindo alguns licenciados em física, química e ciências informáticas”, que, na opinião de especialistas, “têm conhecimentos para construir armas letais com o uso de matérias-primas”, diz o documento.
O relatório avisa que há riscos particulares de os terroristas usarem gás sarin, ricina ou anthrax, o famigerado carbúnculo.
Desde o início do mês de outubro, foram mortas cerca de 500 pessoas em sucessivos atentados em Ancara, na península do Sinai, Beirute, Paris e Tunes – todos reivindicados pelo DAESH.
Após os atentados de Paris, o grupo terrorista ameaçou com novos atentados em cidades europeias, nomeadamente em Itália, Espanha e Portugal.
O grupo terrorista divulgou também um vídeo com ameaças aos países do Ocidente, a que chama a “coligação do diabo”, na qual Portugal também está incluído.
Segundo o DAESH, os atentados futuros serão mais letais e mesmo mais chocantes.