Pela primeira vez os polícias do sector da segurança interna participaram em conjunto numa manifestação, em protesto contra os cortes previstos no orçamento. Em frente à AR, o ambiente foi de tensão.
Faltavam poucos minutos para as 21h, quando os manifestantes em protesto conseguiram furar o cordão dos polícias que os impediam de entrar na escadaria da Assembleia da República (AR). Já antes os ânimos se tinham exaltado, com muitos dos polícias a gritarem “invasão”. Apesar dos apelos à calma da organização, o Corpo de Intervenção foi chamado. “Temos família”, gritavam os profissionais em protesto.
Apesar de o ambiente ter acabado por serenar, a tensão foi visível, com manifestantes a empurrarem as grades, que acabariam por ser recuadas, tendo os profissionais, que protestam contra os cortes previstos no Orçamento de Estado (OE) 2014, acabado por conseguir subir a escadaria.
O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) e secretário-Geral Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, Paulo Rodrigues, recusa a ideia de que os colegas que estavam a garantir a segurança tivessem facilitado o acesso e considera foi uma “acção simbólica” e “espontânea”, que expressou “um estado de revolva” contra a governação do país.
“O Governo tem de analisar muito bem o que aconteceu aqui. Não só a atitude simbólica de entrar nas escadas da AR, mas também pela mobilização.”
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