“Espero que o meu pai morra depressa. E enquanto isso, talvez deseje que também tu tenhas uma morte dolorosa. Falo completamente a sério em ambas as afirmações.”
É assim que o criador de Dilbert começa um texto forte, muito pessoal, que não pudemos deixar passar. Fizemos a tradução do texto para português, porque vale mesmo a pena ler e partilhar isto.
O meu pai, com 86 anos de idade, está na fase final de aproximação à “grande sesta” (para usar as suas palavras).
98% da sua mente já se foi, e tudo o que lhe resta são horas, ou possivelmente meses, de horrendo desconforto numa cama de hospital. Poupo-te aos detalhes, mas é tão próximo quanto possível de um inferno na Terra.
Se o meu pai fosse um gato, já teria sido abatido há muito tempo. E nunca, nem por um momento teríamos olhado para trás com arrependimento por ter agido demasiado cedo.
Porque não é demasiado cedo. É mesmo demasiado tarde. Os seus parcos recursos financeiros permitem-lhe pagar os $8000 dolares mensais que possibilitam a manutenão deste estado de perpétuo sofrimento. São raras as ocasiões em que dinheiro foi tão mal gasto.
Gostava de poder acabar com o seu sofrimento e deixá-lo partir com alguma dignidade. Mas o meu Governo diz que não posso tomar essa decisão. Nem os médicos do meu pai. Assim, para todos os efeitos práticos, o Governo está a torturar o meu pai até que ele morra.
Eu sou patriota. Eu amo o meu país. Mas o Governo?
Bem, a nossa relação terminou.
E deixem que diga isto da forma mais clara possível:
Se és um político e alguma vez votaste contra a morte clinicamente assistida, ou votarias contra esta possibilidade no futuro, eu odeio-te caralho! Quero que tenhas uma morte lenta e horrível. Gostava de ser eu a matar-te pessoalmente, e ver-te a sangrar lentamente. Não o farei, porque tenho medo das consequências. Mas gostaria de o fazer porque és um dos filhos da puta responsaveis pela tortura que o meu pai está a sofrer. Agora é pessoal!
Nota para o Governo: Vou continuar a pagar os meus impostos e a cumprir as minhas obrigações de forma a manter-me fora da prisão. Mas não contem comigo para mais nada. A nossa relação terminou.
Esta é uma tradução livre, feita pelo Ainanas, do post original de Scott Adams (link)
Poucas horas após a publicação do texto, o pai de Scott faleceu.
[to_like id=”25085″][/to_like]