Sacana do Relvas, sabe-a toda! LOL fazer licenciaturas assim é mesmo à chefe! O curso dele tinha 36 cadeiras, ele só fez 4. Para as outras 32 teve “equivalências” pela sua experiência profissional. Pensando bem se calhar sou licenciado em enologia e sexologia, é só pedir equivalência.
Esse homem é a imagem de tudo o que está podre na política. Relvas fora, já.
O jornal i investigou os pormenores da licenciatura de Miguel Relvas Ciência Política e Relações Internacionais e adianta na sua edição de hoje que o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares apenas concluiu quatro das 36 cadeiras do curso. Em média, cada exame permitiu a Relvas concluir quatro cadeiras.
Ou seja, a Universidade Lusófona concedeu equivalências em 32 cadeiras, em virtude de créditos acumulados por Relvas, que tinha um passado universitário de diversas inscrições em universidades, mas sempre sem sucesso e sem conclusão de cadeiras, com uma exceção.
O currículo profissional permitiu a Miguel Relvas terminar um curso superior num ano, evitando 88 por cento do total das cadeiras que aquela licenciatura previa. Se é verdade que a lei permite transformar carreira em créditos, também é um facto que cabe às universidades estabelecer quantos créditos conceder ao aluno.
Esta ambiguidade impede que se perceba se a licenciatura de Relvas é legal, mas o histórico das universidades e o testemunho de algumas personalidades ligadas ao ensino superior permitem perceber que este caso do ministro é excecional e sem par.
Não é normal que uma universidade conceda tantos créditos a um aluno, nem é vulgar que uma licenciatura possa ser terminada no prazo de um ano, o que sucedeu com Relvas – ainda que com uma nota final modesta de 11 valores. O percurso académico de Miguel Relvas também não abona em seu favor.
O jornal i teve acesso ao certificado de habilitações. Segundo o documento, que o jornal divulga, Relvas fez quatro exames. Escapou a todos os outros graças ao seu percurso profissional.
Em Quadros Institucionais da Vida Económico-Político-Administrativo, relativo ao 3.º ano, conseguiu 12 valores. Já em Teoria do Estado da Democracia e da Revolução, 2.º ano, teve uma nota de 14 valores. Em Geoestratégia, Geopolítica e Relações Internacionais II, do 3.º ano, obteve uma nota de 15 valores. E no exame de Introdução ao Pensamento Contemporâneo, do 1.º ano, Miguel Relvas conseguiu 18 valores.
Esta conversão de créditos em cadeiras levou o ministro a tornar-se licenciado com submissão a apenas quatro exames.