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O FIASCO dos Coletes Amarelos em Portugal
O FIASCO dos Coletes Amarelos em Portugal

Ao contrário do que aconteceu em França, aqui em Portugal o movimento dos Coletes Amarelos não pegou. Muito pouca gente aderiu, e mesmo os que aderiram.. não se conseguiram entender.

Ao contrário do que aconteceu em França, aqui em Portugal o movimento dos Coletes Amarelos não pegou. Muito pouca gente aderiu, e mesmo os que aderiram.. não se conseguiram entender.

Faltava substância e consistência a um movimento que se inspirou no exemplo para francês para fazer reivindicações: primeiro demasiado específicas, depois demasiado vagas e dispersas. No primeiro manifesto exigiam coisas como o aumento do salário mínimo para 700 euros, e a redução do número de deputados para metade.

No segundo manifesto, feito por o primeiro ter sido mal recebido, exigiam coisas vagas, que mais pareciam os desejos para o Mundo de uma finalista de concurso de misses: melhor educação, melhores cuidados de saúde, menos corrupção, etc.

O resultado foi uma mensagem fraca que não conseguiu passar sequer para a população, quanto mais para o Governo. Também não ajudou o envolvimento de alguns grupos políticos de direita, com os quais os organizadores iniciais do movimento não se identificavam.

“Em Alverca, Ricardo foi o primeiro a chegar mas apenas vieram mais três manifestantes. Na ponte 25 de Abril, só houve coletes amarelos a mudar um pneu. No Marquês, foram poucas dezenas. Um flop.”

Observador

Feitas as contas, foi o protesto mais irrelevante de que há memória. Vê o video:

O protesto dos “coletes amarelos” arrancou esta sexta-feira com pouca adesão nas ruas. No início da manhã, registaram-se algumas concentrações sobretudo no norte e centro do país. Em Lisboa, os organizadores desmobilizaram por volta das 11h30, acusando a extrema-direita de “estragar” o protesto.

“A nossa manifestação foi estragada por um movimento de pessoas da ala de extrema-direita”, disse Luísa Patrão, uma das organizadoras do movimento, em declarações ao jornal Público no Marquês de Pombal, em Lisboa, um dos 25 pontos de concentração nesta quinta-feira divulgados pelo movimento.

Luísa Patrão referiu ao matutino que o movimento é pacífico e que não se revê “na postura de violência liderada pelo PNR”.

Em igual sentido, Maria João Oliveira, outra das responsáveis pelo movimento em Portugal, lamentou a fraca adesão ao protesto, apontando também o dedo à extrema-direita. “Recebi ameaças de morte do PNR”, disse no fórum TSF.

“São pessoas que se estavam a infiltrar. É o PNR que está a tentar desestabilizar, uns senhores a ameaçar outros de morte. Ameaçou-me de morte a mim”, acrescentou.

“Estamos desiludidos porque há mais polícia infelizmente que povo português. E neste momento a polícia está a meter-nos numa caixa em que não podemos fazer absolutamente nada”, disse. Maria João Oliveira disse ainda que a fraca adesão se deve à forte presença policial e à aproximação do Natal.

O jornal Público descreve ainda uma “clara divisão” entre os coletes amarelos do Marquês. Segundo o diário, um dos grupos, onde estão os organizadores, apela à manifestação pacifica. Já o segundo grupo, em que o matutino diz haver alguns elementos do PNR, tenta forçar o cerco policial, gerando alguns momentos de tensão.

Em Lisboa, onde se observou uma maior tensão entre os manifestantes e as forças policiais, o trânsito junto ao Marquês chegou a ser cortado mas já foi restabelecido.

Três detidos em Lisboa, oito identificados no Porto
A PSP deteve esta manhã três pessoas na zona do Marquês de Pombal, em Lisboa, que faziam parte do protesto dos “coletes amarelos”, marcado por momentos de tensão entre manifestantes e a polícia. No Porto, onde a manifestação decorre junto à rotunda do Nó de Francos, a polícia identificou oito “coletes amarelos”.

Segundo a direção Nacional da PSP, os manifestantes foram identificados por “apresentarem tarjas ofensivas e demonstrarem uma postura agressiva”. Um destes elementos, foi levado para a esquadra, para verificação, por vestir um colete à prova de bala, acrescentando não haver, até às 10h45, registo de detidos nesta ação.

Em Lisboa, e em linha com o que acontece um pouco por todo o país, número de polícias é bastante superior ao dos manifestantes, estando os agentes localizados em todos os pontos da rotunda do Marquês de Pombal.

Fonte: ZAP, LUSA, OBSERVADOR


Categoria/s: Política,Sociedade