O Serviço Nacional de Saúde (SNS) português enfrenta um desafio significativo com o crescente fenómeno do “turismo de saúde”, abusivo e parasítico, aproveitando-se da abertura do nosso sistema.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reconheceu esta quarta feira no Parlamento que estrangeiros estão a usar indevidamente o SNS para tratamentos dispendiosos, lesando o Estado em centenas de milhões de euros.
Este problema, levantado pelo deputado Mário Amorim Lopes da Iniciativa Liberal, não se refere a imigrantes residentes em Portugal ( essa é outra… ). Está apenas a considerar pessoas que não pretendem morar cá: vêm propositadamente para obter cuidados de saúde gratuitos e vão-se depois embora. Alarmantemente, existem até sites estrangeiros com tutoriais sobre como aceder a estes serviços sem custos em Portugal.
A ministra confirmou que os administradores hospitalares estão cientes desta situação, mas faltam dados precisos para uma intervenção eficaz.
A Administração Central do Sistema de Saúde já mantém uma linha dedicada para acompanhar doentes internacionais que acedem a tratamentos caros em Portugal através deste “turismo especial de saúde”.
Esta revelação levanta questões sérias sobre a sustentabilidade do SNS e a necessidade de implementar medidas para proteger os recursos de saúde destinados aos residentes em Portugal.