A execução estava marcada para esta semana, mas foi adiada porque uma farmacêutica que fornece químicos para a injeção letal recusou fazer parte desta “experiência”.
Scott Dozier está preso há uma década por ter morto e desmembrado alguém por questões ligadas a tráfico de droga. Foi condenado à morte.. e aceitou o seu destino.
“Acho ótimo. Isso mata gente por todo lado. Peguem nesse fentanil e injetem-me, porra! Usem toneladas disso”
Scott Dozier
Invulgarmente eloquente, aprumado e até afável, quase consegue que questionemos se matá-lo será MESMO necessário. No entanto, o próprio é o primeiro a dizer que quer morrer, porque a vida na prisão não é vida.
Ele abdicou de todos os direitos a recurso e quer que o injetem com um porradão de Fentanil, um opióide super poderoso.
É a primeira vez que o opiáceo sintético fentanil será usado numa execução, em combinação com midazolam, um sedativo, e cisatracurium, que deverá paralisar os pulmões de Dozier e, tecnicamente, causar a sua morte.
Cerca de 100 vezes mais potente do que a morfina, é extremamente difícil acertar na dose certa, especialmente quando a heroína é cortada com fentanil para baixar o seu custo e aumentar exponencialmente o lucro dos dealers.
Este fenómeno está a causar uma crise sem precedentes na américa. Em 2016, mais de 20 mil pessoas faleceram nos Estados Unidos devido a overdoses de fentanil ou de algum análogo.